Libertadores, estamos chegando?

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*Por Thays B. Kloss

A torcida athleticana tem uma música especial cantada no estádio (saudades!) para quando essa tão importante competição se aproxima. A Conmebol Libertadores é sempre um caso à parte, um capítulo a mais no ano, uma sensação especial, diferente de qualquer outro jogo que se jogue em campo. E, para isso, o tradicional grito “Libertadoreeeeeees, estamos chegando! Meu rubro-negro, seremos campeões!” serve de impulso tanto para a torcida quanto para o time. Estar na Libertadores, em si, já traz todo um clima especial nos ânimos de todos.

Lanus v Gremio - Copa CONMEBOL Libertadores 2017
Lanus v Gremio - Copa CONMEBOL Libertadores 2017 / Amilcar Orfali/Getty Images

Vivendo um ano totalmente atípico, com a torcida longe das arquibancadas, sem o tradicional impulso que os cantos dão nesses jogos especiais, só consigo pensar na mente dos athleticanos nesse momento cantando, de suas casas, “Libertadores, estamos mesmo chegando?”. Isso porque, se em compensação em 2018 chegamos com a moral de campeões da Sul-Americana e, em 2019, campeões da Copa do Brasil, o Athletico agora vive uma fase totalmente diferente. A saída de Tiago Nunes e de peças importantes do elenco, como Renan Lodi, Bruno Guimarães, Rony e Marco Ruben, que foram importantíssimos para feitos históricos como esses títulos e o 3x0 em cima do gigante Boca Juniors na Arena da Baixada, fizeram com que o time tivesse que encarar uma renovação. Novo técnico, novo projeto, novos reforços. E, em meio a paradas e voltas da pandemia, demorou para o time se encaixar, os resultados ruins vieram, a cobrança piorou e o técnico Dorival Júnior caiu.

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FBL-LIBERTADORES-PARANAENSE-BOCA / HEULER ANDREY/Getty Images

E agora? Agora nos encontramos batendo na porta da Libertadores com técnico interino tendo que resolver problemas de elenco, tentando achar um 11 ideal que volte a jogar a ideia de jogo propositivo que o clube quer ter, em busca de um 9 goleador que supra a falta que o argentino nos deixou e um meio que se acerte e tenha pelo menos metade da genialidade construtora que Bruno Guimarães levou para a França.

Mas, mesmo assim, apesar dos pesares que vivemos, estamos chegando. Depois de cinco derrotas e dois empates no Brasileirão, uma vitória no clássico Athletiba nesse sábado (12) talvez tenha sido a faísca que precisávamos para reacender a chama. Uma vitória contra o rival na véspera da reestreia da fase de grupos talvez fosse o que o time precisava para acreditar que ainda tem jeito. Para acreditar que, sim, estamos chegando e prontos para jogar mais uma Libertadores. Prontos para esse capítulo a mais, que sempre pode vir cheio de surpresas e jogos extraordinários.

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FBL-LIBERTADORES-COLOCOLO-PARANAENSE / CLAUDIO REYES/Getty Images

Então, sim, Libertadores, estamos chegando. Ainda cheios de dúvidas, mas também cheios de raça que o sangue rubro-negro sempre nos legou. Que a falta do grito da torcida nas arquibancadas não falte dentro dos nossos jogadores, porque continuaremos aqui, cantando a todos os pulmões, acreditando até o fim que a gente sempre pode mais. Sentindo o mesmo nervosismo e todas as emoções que vêm antes de um jogo como esse. Porque não há nada como jogar uma Libertadores e isso qualquer jogador ou torcedor sabe. Não há nada como a sensação que a busca pela Conquista da América e da glória eterna nos desperta. E chegaremos lá!