Leila Pereira critica acordo do São Paulo com TJD em caso envolvendo Abel Ferreira: "Precedente complicado"

  • Presidente palmeirense participou do programa "Mais Você"
  • Dirigente se mostrou bastante revolvada com o acordo entre as partes

A presidente do Palmeiras deu entrevista nesta quinta-feira (14)
A presidente do Palmeiras deu entrevista nesta quinta-feira (14) / Bruno Escolástico/ESCOLÁSTICO FOTOGRAFIA/Gazeta Press
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Leila Pereira, presidente do Palmeiras, manifestou insatisfação em relação ao acordo celebrado entre o São Paulo e o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) após um episódio envolvendo o técnico Abel Ferreira.

Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, divulgou um vídeo pedindo desculpas nove dias após ter proferido ofensas contra o treinador português. O TJD validou um acordo com o Tricolor, que resultou na dispensa de julgamento e punição para os jogadores e dirigentes denunciados. Essa decisão causou um profundo desconforto no Verdão.

Durante sua participação no programa "Mais Você", nesta quinta-feira (14), a mandatária alviverde enfatizou a importância da imparcialidade no tratamento de casos disciplinares no futebol. Ela pontuou que Abel é rotineiramente punido por supostos excessos, enquanto, no caso do Tricolor, esperava-se um julgamento justo e consequente punição aos envolvidos, sem a possibilidade de acordos que, segundo ela, poderiam permitir desculpas falsas e abrirem precedentes negativos.

"Quando ele (Abel) comete alguns excessos, ele é punido por isso. Isso que é importante, porque recentemente aconteceu um fato com um rival nosso e, o que nós esperávamos, era um julgamento, que eles fossem punidos, assim como o Abel sempre é punido"

Leila Pereira, presidente do Palmeiras

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O acordo, homologado na última terça-feira, envolveu uma multa financeira para o São Paulo, estimada em cerca de R$ 200 mil. Julio Casares, presidente do Tricolor, Carlos Belmonte e o diretor-adjunto Fernando Bracalle Ambrogi, conhecido como Chapecó, arcarão pessoalmente com a multa. Já as indenizações destinadas a Calleri, Rafinha e Wellington Rato, bem como a multa do auxiliar técnico Estéphano Djian, serão suportadas financeiramente pelo clube paulista.

"O que não pode acontecer são pedidos de desculpas falsos. Isso abre precedentes complicados, porque é só você pagar uma multa e está tudo bem. Fiquei muito revoltada com o acordo que fizeram. Eu esperava que os dirigentes e os jogadores fossem julgados como o Abel e o Palmeiras sempre é."

Leila Pereira, presidente do Palmeiras