Laporta se pronuncia pela primeira vez sobre adeus de Messi; entenda o cenário que impediu renovação do contrato

Camisa 10, em breve, deve ser anunciado por outra equipe
Camisa 10, em breve, deve ser anunciado por outra equipe / Quality Sport Images/Getty Images
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O presidente do Barcelona, Joan Laporta, falou pela primeira vez a respeito do adeus de Lionel Messi ao clube espanhol. Segundo o dirigente, questões econômicas impediram a renovação de contrato. Elas, no entanto, não passam por exigências do jogador, e sim por dificuldades da própria instituição.

"Queríamos que o "pós-Messi" começasse em dois anos, mas não foi possível. Temos que conseguir que o Barça, sem Messi, siga dando alegrias aos torcedores."

Joan Laporta, presidente do Barcelona

Laporta fez questão de dizer que, independentemente da saída de um dos maiores jogadores da história, o Barça é maior do que tudo. "Somos uma instituição com 122 anos de história, que está acima de tudo, de todos os jogadores, inclusive do melhor jogador do mundo, do presidente. Ele nos deu tanta coisa e estaremos agradecidos eternamente. Decidimos não renovar por conta da situação econômica em que se encontra a entidade", disse.

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Jogador fez de tudo para seguir no Camp Nou, disse Laporta / David Ramos/Getty Images

Conforme o dirigente, Messi fez de tudo para seguir no clube e tinha esse desejo. Inclusive, tinha se colocado à disposição para espaçar o tempo para receber valores que seriam acordados. Porém, nem isso ajudou, e a tendência é de que, em breve, ele seja anunciado por outro time. "Não quero gerar falsas expectativas. Há um tempo limite, e o jogador tem outras propostas. Léo colocou todas as facilidades possíveis: jogar dois anos, e o pagaríamos em cinco", completou.

O CENÁRIO ATUAL DO BARCELONA

No início da semana, o Barcelona solicitou uma flexibilidade maior para a La Liga em relação ao seu Fair Play financeiro. Neste caso, teria abertura em sua folha salarial para registrar o novo contrato de Messi e, assim, mantê-lo no clube. Houve a negativa por parte de quem administra o futebol espanhol.

"A inscrição de Léo passava por aceitar uma operação que não era interessante para o Barça. Entendemos que não tínhamos que aceitar uma hipoteca dos direitos televisivos do clube durante meio século."

Joan Laporta, presidente do Barcelona

Por isso, há quem diga que o Barça rejeitou, de forma proposital, um acordo firmado por La Liga com o fundo de investimento CVC Capital para a injeção de praticamente 2,7 bilhões de euros na competição. Sem Messi, a atração do campeonato fica naturalmente menor, o que poderia prejudicar os interesses dos investidores.

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Dirigente garantiu que dificuldades financeiras impediram acordo / Quality Sport Images/Getty Images

Este "fim" de casamento com o argentino seria apenas uma espécie de pressão? Tem gente apostando nisso, para que o time culé obtenha abertura no Fair Play financeiro, ainda fique com o argentino e, daí sim, possa apoiar o acordo citado.