Lahm critica Copa no Catar, cobra engajamento de atletas e afirma: "Prefiro acompanhar de casa"

Ex-lateral pediu mais engajamento de atletas em causas importantes
Ex-lateral pediu mais engajamento de atletas em causas importantes / Boris Streubel/GettyImages
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Diretor da Eurocopa de 2024, Philipp Lahm cedeu entrevista à revista alemã Kicker e acabou não poupando críticas à FIFA. Isso porque, para o ex-lateral da Seleção Alemã e do Bayern de Munique, sediar a Copa do Mundo de 2022 no Catar é bastante problemático, sobretudo pela falta de observação do país em relação aos direitos humanos: o país considera o homossexualidade um crime, por exemplo.

Além disso, denúncias recentes dão conta da exploração de trabalhadores em serviços a hotéis parceiros da entidade visando a competição global que acontecerá em novembro e dezembro deste ano.

"Direitos humanos deveriam ter um peso importante na hora de decidir as sedes das competições. Se um país vai tão mal nessa área, você começa a se perguntar quais foram os critérios que orientaram a decisão."

comentou o ex-lateral

Uma indenização de 440 milhões de dólares (R$ 2,2 bilhões) foi cobrada judicialmente pela ONG Anistia Internacional juntamente com instituições como a Federação Internacional de Trabalhadores e a Human Rights Watch, através de carta. A acusação feita pelas instituições apontam para a violação de direitos humanos em virtude das construções de diversas obras para o Mundial deste ano. Tendo em visto que muitas leis locais acabam legitimando este tipo de acontecimento, é provável que nenhuma decisão seja tomada favoravelmente à parte acusadora.

Philipp Lahm
Lahm esteve na Copa do Mundo de 2006 com a Alemanha / Simon M Bruty/GettyImages

Quando perguntado se viajará para o Catar em novembro, o ex-capital da Alemanha afirmou que não irá acompanhar o Mundial in loco, uma vez que não faz parte da delegação e, para além disso, não cogita ir como torcedor: "Prefiro acompanhar de casa", afirmou.

Por fim, Philipp Lahm ressaltou a importância de os atletas se engajarem mais nas causas que tenham temas sócio-políticos importantes e sensíveis, uma vez que isso será também importante para o esporte: "Como jogador, não dá mais para contornar isso".