Koeman não vê chegada ao Barça como ato de coragem: "Qualquer treinador que tivesse essa oportunidade, iria"

Jogador do Barcelona de 1989 a 1995 e um dos heróis da primeira conquista de Copa da Europa da instituição, Ronaldo Koeman regressou ao clube no meio do ano, agora como treinador, para recolocar a equipe nos trilhos depois de uma temporada apagada. Para isso, deixou de lado o cargo de técnico da seleção holandesa, algo do qual em nada se arrepende.

"Não é um tema apenas esportivo, é uma situação de vida. Sempre nos encontramos em casa (em Barcelona), e todos (da família) sabiam que, para mim, foi como realizar um grande sonho."

- Koeman, sobre a escolha pelo Barcelona

O primeiro contato blaugrana, contou à Revista Barça, ocorreu no mês de janeiro. Àquela altura, faltando alguns meses para a disputa da Eurocopa, não poderia deixar seu antigo emprego. No entanto, como a competição acabou adiada para 2021 por conta da pandemia de coronavírus, o panorama mudou. "Tinha o sonho de treinar o Barcelona. Eu não acho que você pode esperar o momento em que tudo funcione bem. Se uma equipe tem resultados muito bons, ela não muda de técnico. Sempre que há uma mudança é porque as pessoas não estão contentes, porque a equipe não ganha... Não sei se fui corajoso, acho que qualquer treinador que tivesse essa oportunidade, iria", destacou.

O Barça, nitidamente, se encontra em um momento de transição. Ocupando a quinta colocação em La Liga, seis pontos atrás do líder Atlético de Madrid, e tendo se classificado em segundo lugar do seu grupo na Champions League, o time ainda carece de um bom futebol, mesmo contando com Lionel Messi como sua figura central. Na visão de Koeman, o argentino está totalmente integrado à realidade do clube. "É claro que o Léo está mais velho do que antes, mas ainda é um jogador que gosta muito de estar em campo, e acima de tudo, de ganhar jogos. Está curtindo cada dia com os treinos e está muito envolvido", completou. O time volta a campo na terça-feira para enfrentar o Eibar.