Justiça italiana condena Robinho a nove anos de prisão por crime de violência sexual
Por Lucas Humberto
Nesta terça-feira (09), a Corte de Apelação de Milão confirmou a sentença de nove anos de prisão para Robinho e Ricardo Falco pelo crime de violência sexual contra uma mulher albanesa. O delito aconteceu em 2013, na Itália. À época, o atleta defendia o Milan.
A sentença, que já havia sido proferida no mês de dezembro de 2020, foi publicada um dia antes do vencimento do prazo legal, como uma espécie de formalização da condenação. No documento, as juízas Francesca Vitale, Paola Di Lorenzo e Chiara Nobili destacaram: "particular desprezo (de Robinho) em relação à vítima, que foi brutalmente humilhada” e a tentativa de “enganar as investigações oferecendo aos investigadores uma versão dos fatos falsa e previamente combinada”.
Nas redes sociais, internautas comentaram a decisão da Justiça:
Com o texto em mãos, a defesa de Robinho poderá recorrer à Corte de Cassação, terceira e última instância da Justiça italiana.
No documento de 22 páginas, o Tribunal rebateu as defesas de Robinho e Falco, além de enfatizar as contradições nas diferentes versões apresentadas pelos brasileiros. Em uma das situações, o atacante revela não se lembrar da mulher. Em outra ocasião, afirma que não tocou nela. Em uma terceira gravação, muda a versão novamente e admite ter feito sexo com a vítima.
De acordo com informações do UOL, a defesa de Robinho havia pedido redução da pena, em razão do jogador ter se submetido ao interrogatório, admitido as relações sexuais com consentimento da mulher e fornecido os nomes dos amigos acusados. O tribunal negou o pedido, "visto que [os réus] tentaram enganar a investigação, apresentando uma versão falsa dos fatos à Justiça".
A juíza também considerou irrelevante que Robinho tenha fornecido os nomes dos amigos, já que a investigação havia identificado os envolvidos.
Relembre o caso
O caso aconteceu em Milão, na boate Sio Café, na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013, ocasião em que a vítima comemorava seu aniversário. Além de Robinho e Falco, outros quatro brasileiros foram denunciados pela participação no ato. Contudo, como já haviam deixado a Itália no decorrer das investigação, não puderam ser notificados da conclusão.
Conforme informações do ge, Robinho e Falco foram condenados com base no artigo "609 bis" do código penal italiano, que menciona a participação de duas ou mais pessoas reunidas para ato de violência sexual.