Jesus nas cabeças? Diniz elogia técnico do Flamengo, mas defende 'pratas da casa'
Por Nathália Almeida
A impactante chegada de Jorge Jesus ao futebol brasileiro gerou (e ainda gera) inúmeros debates acerca de filosofia de jogo, mentalidade, rotina de trabalho e outros aspectos que guiam o que é o futebol. Muitos veem o português como revolucionário, outros acreditam que não há nada de novo no que ele se propõe a fazer. Sem dúvida, uma discussão de extremos e que gera as opiniões mais diversas em torcedores, imprensa e outros profissionais da bola.
Em entrevista concedida ao programa 'Os Canalhas', do UOL Esportes, Fernando Diniz não se esquivou de dar sua sincera opinião sobre Jorge Jesus. Expoente da nova geração de treinadores brasileiros, o comandante do São Paulo elogiou o luso e vê como positiva a vinda de estrangeiros para qualificar o nosso futebol, mas também saiu em defesa de nomes da 'velha guarda' que hoje são acusados de serem ultrapassados.
"Você pega o Vanderlei [Luxemburgo], eu joguei com o Vanderlei lá em 1996 no time do Palmeiras. A gente viu outros times do Vanderlei e ele fez times assim maravilhosos, você lembra do ataque dos 100 gols do Palmeiras em 1996, ele fez mais de 100 gols num Campeonato Paulista, mais de 100 gols. Então, a gente não pode apagar a história porque chegou um cara que é bom", afirmou.
Aos olhos de Diniz, as circunstâncias colaboraram para que Jorge Jesus gerasse o grande impacto que gerou, esportivamente, em seu primeiro ano no Brasil: " Vanderlei é bom, o Jorge Jesus é bom, o Sampaoli é bom, o Tite é bom, nós temos outros bons treinadores aqui. A gente tem que saber valorizar, não é achar que veio e o resto não presta (...) Tem um monte de circunstâncias que favorecem. Eu acho que ele é um baita técnico, acho que o Flamengo é uma potência, tinha muito poder financeiro e quando acertou no técnico, que encaixou, foi embora [disparou]", concluiu.
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