Investir em Ricardo Oliveira, apesar da qualidade, é a prova de que dirigente brasileiro opta pelo "mais fácil"

Miguel Schincariol/Getty Images
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Aos 40 anos, Ricardo Oliveira deve sim retornar ao Santos. Pois esse possível investimento vai totalmente de encontro a uma política minimamente planejada de futebol.

Aqui não está se discutindo a qualidade do jogador. Todos sabem que, ao longo da carreira, ele foi um goleador importante, presente em momentos decisivos. Até por isso, passou por diversas equipes, sempre conquistando títulos - tem até uma Champions League no currículo, vencida na temporada 2006-2007 com a camisa do Milan. Na própria Vila Belmiro o atleta ganhou dois Campeonatos Paulistas. Mas deu.

Ricardo Nogueira/Getty Images

Momentos como esse, que poderiam servir para os clubes se reinventar, mostram o quanto o futebol brasileiro carece de dirigentes com visão de mercado e conhecimento do que acontece ao seu redor. Será que é impossível achar um atacante mais jovem, promissor, que até venha a ganhar menos e no qual seja possível fazer uma aposta para o futuro? Na minha opinião, esta é a hora certa para isso. Não para se fazer mais do mesmo, mas para mostrar realmente quem tem uma visão diferenciada do produto futebol e consegue colocá-la em prática.

Ricardo Oliveira pode dar certo? Pode. Mas, se isso acontecer, não será mérito algum de quem dirige o Santos. Afinal, jogador não é eterno e logo ali adiante será necessário ir novamente ao mercado encontrar um novo 9.

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