Inter: Volte às suas origens!

#VozDoTorcedor
* Texto escrito pelo colorado Roberto Rosenfeld - Twitter: @rosenfeldrs

O Inter nunca ganhou nada sem suar a camisa. Desde seu nascimento, fundado por uma turma sem muito dinheiro e sem acesso aos clubes elitistas, o Colorado sempre precisou de muito esforço para vencer. Todas as grandes vitórias foram assim: eu lembro no estádio de ver a torcida desesperada com um jogador expulso e de olhos trêmulos esperando o apito final da Conmebol Libertadores; Manga precisou esticar todos os dedos para segurar as faltas de Nelinho no Brasileiro de 75; Índio jogou a final do mundial com o nariz sangrando e Fernandão não se aguentando de câimbras; e lembram daquele gol no desespero e no meio da fumaça de Quilmes contra o Estudiantes em 2010? Sim: mesmo com muito mérito, o time do povo do Rio Grande do Sul só ganha quando, nas palavras do Capitão Fernandão, “se doa ao máximo, e quando nota que chegou ao máximo, é porque ainda havia espaço para se esforçar mais”.

E daí acontece a mudança: o Inter é líder. A imprensa enche o time de elogios e coloca jovens de 19 anos no alto pedestal de revelações do campeonato. “O Melhor time do Campeonato!” dizem eles... Daí aparece o Bahia: treinador demitido na rodada anterior, time em crise, entre os últimos da tabela. E, em vez de entrar com olhos sangrando de raiva e ganhar o jogo, o time entra apático, preguiçoso e sem vontade. Parecia que o desfile da Independência era o gramado do Beira-Rio... Todos passeando em campo. E assim não se ganha nada, amigo, nem do Bahia e nem de ninguém.

Vamos voltar a lembrar que estamos sem nosso melhor jogador. Que temos um elenco pouco numeroso, com muitos jovens inexperientes e com jogadores de idade mais avançada e que não aguentam a maratona de jogos. E lembrem que ali na Avenida Padre Cacique de Porto Alegre não há nenhum lateral-esquerdo em quem possamos confiar. Nós não somos favoritos e nunca vamos ser, nem se estivermos 10 pontos na frente... Então acordem! Se quiserem fazer história aqui, aprendam a nossa história primeiro e suem a camisa!