Grupo político do Flamengo emite nota e se manifesta sobre patrocínio da Havan – veja

Grupo político do Flamengo questiona parceria do clube com a Havan.
Grupo político do Flamengo questiona parceria do clube com a Havan. / Wagner Meier/Getty Images
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O Flamengo anunciou, no final da manhã da última segunda-feira (10), mais um patrocinador para a sequência da temporada. Trata-se da Havan, empresa do setor varejista. A parceria, no entanto, dividiu os torcedores e causou muita polêmica nas redes sociais. E foi até motivo de pauta de um grupo político do clube.

Na noite de ontem, o ‘Flamengo da Gente’ publicou uma nota oficial se manifestando contra a união do clube com a empresa e criticou a diretoria da equipe. Em comunicado, o grupo político lamentou o fato de o Rubro-Negro associar sua imagem à loja “de um dos maiores fiadores e incentivadores” do presidente do Jair Bolsonaro, referindo-se a Luciano Hang.

Além disso, o ‘Flamengo da Gente’ enfatiza que não há como fugir das questões econômicas e mercadológicas, mas esclarece que “não há como tapar o sol com a peneira: a Havan carrega Bolsonaro em sua garupa e a história julgará quem fez questão de ser sócio desse projeto político”. Confira abaixo a nota na íntegra.

Segundo informações da ESPN Brasil, a HAVAN vai pagar cerca de R$ 6,5 milhões ao Flamengo por sete meses e meio de patrocínio. Além do valor fixo, há variáveis no contrato, fazendo com que o valor total possa chegar até R$ 8 milhões. Vale destacar que o patrocinador ainda precisará ser aprovado pelo Conselho Deliberativo do Mais Querido.

Nota da "Flamengo da Gente"

"O Flamengo da Gente lamenta a decisão da diretoria de associar a imagem do clube à empresa de um dos maiores fiadores e incentivadores de um governo responsável pela morte de centenas de milhares de brasileiros. Não é justificável o Flamengo aceitar levar na camisa uma marca que incentiva o negacionismo em relação à principal crise sanitária das últimas décadas.

A Havan é muito mais do que uma empresa catarinense de varejo. Seu dono se orgulha de ser um braço avançado de um projeto político de extrema-direita, com os ônus e bônus de seu posicionamento público. Há, por certo, questões econômicas e mercadológicas a serem ponderadas em qualquer cenário e a esse debate ninguém deve se furtar. Mas não há como tapar o sol com a peneira: a Havan carrega Bolsonaro em sua garupa e a história julgará quem fez questão de ser sócio desse projeto político.

Houve um tempo em que todos os brasileiros se orgulhavam da camisa da Seleção Brasileira. Hoje, infelizmente, a camisa da CBF virou símbolo de uma ideologia reacionária e ampla parcela dos brasileiros não se sente mais à vontade de envergá-la. Não podemos permitir que o Manto Sagrado enverede pelo mesmo caminho".

Com informações do UOL Esporte.

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