Grêmio tem que aproveitar nova e histórica classificação à Libertadores, sim, para rever conceitos

Silvio Avila/Getty Images
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Se vai iniciar nas etapas preliminares ou diretamente na fase de grupos não está definido. Mas é fato que o Grêmio se encontra diante de um marco histórico. Em 2021, disputará sua sexta Libertadores consecutiva. E isso, naturalmente, força o clube a rever conceitos de uma maneira bastante rápida.

Estar na principal competição do continente gera receita, gera ganho de imagem, gera prestígio. Isso sem contar o fato, claro, de se estar diante da real possibilidade de levantar novamente um troféu tão cobiçado e ir a mais um Mundial. Só que de nada adianta ter tudo isso se a equipe, dentro das quatro linhas, estiver fragilizada.

O Grêmio, que em 2016 parou nas oitavas de final (eliminado de forma categórica pelo Rosario Central-ARG), chegou ao topo da América em 2017 (tricampeão) e, por detalhes, não alcançou também a decisão no ano seguinte. Em 2019 e 2020, porém, sofreu com eliminações por goleada, apostando em nomes e convicções que, na prática, se mostraram equivocadas. Ficou a impressão, para boa parte da torcida, que o contexto tricolor não aprendeu com os erros - ou melhor, sequer os entendeu. E é justamente a partir desta mudança de espectro que passa a retomada.

O clube vem de uma temporada bastante ruim em termos de desempenho e de uma acomodação de discurso. A Libertadores talvez seja um prêmio até imerecido, mas pode, sim, ser utilizada como trampolim para um novo momento. Contratações precisam ocorrer com urgência (talvez mais que as três ou quatro em nível de titularidade projetadas pelo presidente Romildo Bolzan Júnior) e com critério. Só espera-se que o discurso de que todo o planejamento será montado pós-Copa do Brasil seja da boca para fora. Do contrário, o sonho tende a mais uma vez se transformar em pesadelo.

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