Grêmio parece "jogar camisa para o alto" na tentativa de encontrar reforços; nomes especulados em nada surpreendem
Por Fabio Utz
Nomes a respeito de possíveis reforços do Grêmio para o restante da temporada pipocam a toda hora. É Cléber, do Ceará, Gilberto, do Bahia, Léo Gamalho, do CRB, Diogo Barbosa, do Palmeiras, Wellington, do Athletico-PR. Depois de contratar Robinho, Everton e Luiz Fernando, o Tricolor ainda busca, no mínimo, mas três nomes. O questionamento que se faz é: a atuação da direção azul na busca por esses atletas é de quem conhece o mercado com o qual está tratando?
O técnico Renato Portaluppi não se cansa de dizer que troca ideias com o departamento de futebol e que, a qualquer momento, é possível se ter alguma surpresa. Mas convenhamos. Nenhum jogador citado acima seria para se comemorar e receber de braços abertos. São alternativas comuns (ok, Cléber é uma promessa, mas está aí para todo mundo ver), nada de surpresa (positiva, obviamente). Em um momento de dificuldade, o que todo mundo espera é que executivos de futebol muito bem pagos vasculhem os quatro cantos do planeta atrás de verdadeiras soluções. E não é o que está acontecendo.
O Grêmio, ao que tudo indica, parece jogar para tudo quanto é lado à espera de quem alguém aceite sua oferta, mas sempre se baseando em indicações do treinador (que nunca foi um expert nisso). Não parece haver convicção ou manobras mais fortes em cima de jogadores que desembarquem para resolver problemas, e não criar interrogações. Alguém pode retrucar dizendo que os rivais também parecem parados. Talvez estejam, sim. Mas é só olhar para bem perto, no Beira-Rio, e ver que o Internacional, rapidamente, encontrou reposições para suas baixas ofensivas. Se Abel Hernández e Leandro Fernández vão dar certo ninguém pode cravar. No entanto, chegam em outro patamar na comparação com os especulados pelo Tricolor. O primeiro já disputou Copa do Mundo, o segundo vem do Independiente, clube de ponta na Argentina.
Entendeu a razão pela qual é preciso cobrar e ficar atento aos movimentos feitos na Arena? Não há nada que corrobore a tese pública de que os cartolas sabem o que estão fazendo. Se soubessem, algo de novo já teria surgido, e não se jogaria aos céus um nome atrás do outro. Afinal, eles não surgem do nada.
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