Grêmio não podia, mais uma vez, frustrar seu torcedor e se colocar como "coadjuvante" de uma grande negociação

Tricolor esperou por uma assinatura de Borré que não chegou
Tricolor esperou por uma assinatura de Borré que não chegou / Daniel Jayo/Getty Images
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O Grêmio querer Rafael Borré é digno de elogio. Afinal, trata-se de um dos principais atacantes da América do Sul há um bom tempo. Agora, o Grêmio se deixar levar pela "lábia", seja do atleta ou de seus empresários, é algo ainda a ser explicado.

Nota oficial às 21h20min de uma terça-feira, que me desculpem aqueles que pensam (legitimamente) ao contrário, não é algo comum. Horas antes, o próprio presidente Romildo Bolzan Júnior havia dado uma entrevista na qual, mesmo incomodado com a demora em se definir a situação, garantia a espera pela assinatura do pré-contrato por parte do colombiano até esta quarta. Em um piscar de olhos, tudo mudou. O dirigente "chutou o balde", e o clube falou em insegurança para tentar se colocar como protagonista do ponto final na negociação.

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Tricolor repete, em menores proporções, o caso Cavani / Sebastian Frej/MB Media/Getty Images

Claro que, diante da opinião pública e de boa parte da torcida, a instituição sai por cima, valorizando a sua história e não se colocando à mercê de quem quer que seja. No entanto, é fato que, no momento em que se vai aos microfones falar sobre um acerto verbal entre as partes, se cria uma expectativa. E esta, novamente, foi frustrada. O Grêmio, sim, errou na forma como trouxe o "caso Borré" à tona - assim como aconteceu com Edinson Cavani, embora este com menos formalidades. Não se cercou (ou não entendeu) como seria o desfecho daquela situação. Ou, ainda, já sabendo que dificilmente teria o tão desejado documento em mãos, jogou a responsabilidade para o outro lado.

Não é assim que se faz. Nos últimos tempos, o clube parece pensar grande, mas ao tentar executar seus desejos, se enrola. Ou se deixa enrolar de forma, até, amadora. O Palmeiras, poucos dias antes, parecia viver algo parecido. E nas mãos do mesmo empresário. Vejam bem. Não estou dizendo que o lado do jogador não tem responsabilidade. Mas, da forma como olho futebol, não se pode abrir brechas para reviravoltas. Pois isso, naturalmente, vira chacota. E agora é preciso aguentar.

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