Grêmio aguarda anúncio da venda de Arthur para saber quanto irá receber; clube se beneficia de "engenharia fiscal"

Eric Alonso/Getty Images
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Junho se aproxima do final, e o Grêmio aguarda a definição de um negócio que agita o futebol europeu e respinga diretamente na Arena. Barcelona e Juventus devem finalizar até o dia 30 (esse é o objetivo, e a explicação vem abaixo) as tratativas para a ida do volante Arthur para Turim. E é por isso que o Tricolor torce.

Muito embora a transferência do brasileiro seja "casada" com a chegada de Pjanic ao Camp Nou, os clubes optaram por separar as transações, através de uma engenharia fiscal. O Barça venderá Arthur por 80 milhões de euros (na imprensa espanhola fala-se em 70 milhões de euros), para mais adiante comprar o bósnio por 70 milhões de euros. Com isso, as operações ficarão em anos fiscais distintos, e o Grêmio terá direito a 3,5% (relativo ao mecanismo de solidariedade imposto pela Fifa e que beneficia os clubes formadores de atletas) sobre o total do negócio envolvendo apenas seu ex-jogador, ou seja, algo em torno de R$ 17 milhões (ou R$ 15 milhões se o valor for inferior).

Se fosse uma simples troca de Arthur por Pjanic, com a Juve quitando a diferença de 10 milhões de euros (ou não precisando pagar nada), o time gaúcho sairia prejudicado e não veria a cor de todo o dinheiro (ou não receberia um centavo, acontecendo o chamado "taco a taco"). Por isso, os olhos da direção estão bem atentos para o que se sucederá nos próximos dias. A entrada desse montante será fundamental para manter as finanças em dia. Recentemente, o Tricolor divulgou acerto com o grupo de jogadores no intuito de conseguir manter seus compromissos em dia até o mês de setembro mesmo em meio à pandemia de coronavírus.

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