Gelo no sangue: o Flamengo precisou ser flexível para manter 'proteção' em caso de saída precoce de Jorge Jesus
Por Antonio Mota
Fim da novela! Jorge Jesus e Flamengo enfim encontraram o caminho para a renovação contratual do português, que estendeu seu contrato em um ano. O acerto, no entanto, só foi possível por conta de flexibilização e ‘sangue no gelo’ do rubro-negro carioca.
De acordo com informações do UOL Esporte, o Mais Querido aceitou um tempo de contrato menor – observando que o real interesse da diretoria era em um vínculo até dezembro da próxima temporada – para garantir a ampliação contratual com o Mister e também para se proteger financeiramente.
A princípio, o Flamengo esperava selar o novo acordo com o Mister até o término de 2021, que é quando acaba o mandato do presidente Rodolfo Landim, no entanto, sem conseguir avançar nas tratativas, aceitou reduzir o tempo do vínculo para não precisar retirar a cláusula de penalidade por quebra de contrato.
Jorge Jesus, por sua vez, não assinou um contrato até o final da próxima temporada, visto a imprevisibilidade do calendário. Desta forma, o rubro-negro segue com o projeto e com a segurança de ser reembolsado em caso de saída precoce do treinador, enquanto o português continua aberto ao mercado europeu para a temporada 2021/2022.
A reunião que acabou com desfecho positivo contava com a presença do vice-presidente Marcos Braz, do diretor Bruno Spindel, e também de Rodrigo Dunshee, vice geral e jurídico, do lado do Flamengo. Jorge Jesus foi representado pelo agente Bruno Macedo e um advogado. O anúncio oficial da renovação deve ocorrer ainda essa semana.
Internamente, o rubro-negro ficou muito feliz com o ‘ok’ e com os valores envolvidos, considerando que não ocorreram muitas mudanças em relação ao antigo contrato e que antes da pandemia havia rumores de pedido acima dos 50% para que o treinador continuasse no clube. O time também ficou satisfeito por manter os valores por cada taça: Carioca, Brasileirão, Libertadores etc.
No novo vínculo, Jorge Jesus e sua comissão técnica vão receber 3.5 milhões de euros por temporada, com os valores atualizados para a cotação da moeda no dia do pagamento. Hoje, o montante equivaleria a R$ 20.3 milhões, sem impostos, e R$ 28 milhões por ano, com os tributos. Ao mês, os portugueses devem receber cerca de R$ 2.1 milhões.
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