Fúria na final! 4 fatores que levaram a Espanha à decisão da Copa do Mundo Feminina

  • Na primeira semifinal do Mundial, Espanha venceu a Suécia por 2 a 1
  • Fúria aguarda o vencedor do duelo entre Austrália x Inglaterra, que acontece na quarta (16)
Espanha, com grande campanha, está na final do Mundial
Espanha, com grande campanha, está na final do Mundial / Hagen Hopkins/GettyImages
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Seleção que despertava dúvidas em muitos torcedores e jornalistas nos meses que antecederam a Copa do Mundo Feminina em virtude de seus problemas extracampo – com inúmeras jogadoras de peso optando por não participar do torneio em virtude de desentendimentos com a Real Federação Espanhola (RFEF) –, a Espanha superou toda a desconfiança e selou, nesta terça-feira (15), sua classificação para a grande final do Mundial de 2023.

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A vaga na decisão veio com contornos épicos, afinal, a semifinal contra a Suécia foi decidida nos minutos finais: Salma Paralluelo abriu o placar aos 36' do segundo tempo, Blomqvist empatou aos 44' e Olga Carmona, no último "suspiro" do tempo regulamentar, sacramentou o 2 a 1 que garantiu a primeira final da Espanha na história da competição mais importante do futebol feminino.

A seguir, o 90min elenca 4 fatores que levaram a Espanha à decisão da Copa do Mundo Feminina:


1. DNA bem definido

Esther Gonzalez
Espanha tem uma filosofia de jogo bem estabelecida / Hagen Hopkins/GettyImages

A Espanha tem uma filosofia de jogo bem estabelecida, sabe exatamente o que fazer com a bola e como se comportar em situações de pressão. Isso não significa que seu modelo é infalível, mas a consciência coletiva da Fúria, certamente, deixa a equipe sempre mais perto da vitória quando se depara com rivais que ainda estão em "construção".

2. Entrosamento e sintonia fina

Irene Paredes, Salma Paralluelo, Teresa Abelleira, Jennifer Hermoso, Alexia Putellas, Ivana Andres, Ona Batlle, Mariona Caldentey, Misa Rodríguez, Aitana Bonmatí, Olga Carmona García
Boa parte da equipe titular da Espanha se conhece de clubes / Visionhaus/GettyImages

Muitas jogadoras do time titular da Espanha atuam juntas no Barcelona. Trata-se de um grupo formado praticamente por jogadoras que disputam a Liga Iberdrola, portanto, o entrosamento é anterior ao ambiente de seleção e facilita bastante a comunicação em campo.

3. Geração de ouro

Jennifer Hermoso, Alexia Putellas, Laia Codina
Alexia puxa a "geração de ouro" da Espanha / Visionhaus/GettyImages

Mesmo sem poder contar com algumas jogadoras de primeira prateleira como Mapi León e Patri Guijarro – que optaram por não jogar a Copa –, a Espanha vive sua geração de ouro do futebol feminino, liderada pela duas vezes melhor do mundo, Alexia Putellas. Trata-se de um elenco muito forte e homogêneo, com ótimas peças em todos os setores.

4. Banco que decide jogos

Salma Paralluelo
Salma, mais uma vez, veio do banco e decidiu / Eurasia Sport Images/GettyImages

Por fim, mas não menos importante, a Espanha conta com um banco de reservas muito talentoso e capaz de mudar o rumo das partidas. Prova disso é que Alba Redondo começou o Mundial entre as suplentes e fez muitos gols entrando no decorrer dos jogos, ganhando a vaga no time titular durante o torneio.

Salma, que perdeu a posição, não esmoreceu e seguiu contribuindo: promovida a campo durante as quartas (Holanda) e semifinal (Suécia), marcou nos dois jogos e foi decisiva.