FlaTV: o começo expressivo de um movimento para o esporte no Brasil
Por Antonio Mota
Nesta quarta-feira (1º de julho), o Flamengo venceu o Boavista por 2 a 0, no Maracanã, pela 5ª e última rodada da Taça Rio – o 2º turno do Campeonato Carioca. A partida, nas quatro linhas, valia pouco para o Rubro-Negro, que já havia encaminhado sua classificação para o mata-mata do estadual e precisava da vitória ‘apenas’ para garantir a primeira colocação geral do Cariocão.
Contudo, fora das quatro linhas, o Mais Querido experimentava uma situação nova e sensivelmente importante para o clube e, de certo modo, também, para o esporte brasileiro: a transmissão ao vivo e exclusiva de uma partida oficial do time em suas redes sociais – que compartilharam as imagens da FlaTV (canal do clube no YouTube).
A decisão de transmitir o jogo por conta própria veio após falta de acordo com a Rede Globo e assinatura da Medida Provisória nº 984 pelo presidente da república.
Desta forma, sem acordo e juridicamente respaldado, o Flamengo investiu na FlaTV e conseguiu resultados extremamente impactantes, como, por exemplo, ter a maior transmissão esportiva do mundo no Youtube, com, conforme informações do Goal, 14 milhões de espectadores no total. O pico foi às 22h15 (de Brasília) de 2,2 milhões 'presentes virtuais' simultaneamente, incluindo os números de Facebook, Twitter e MyCujoo.
Além do resultado absurdo, que motivou milhões de pessoas em todo o mundo, o Flamengo ainda mostrou um outro caminho para se transmitir o esporte no Brasil. A princípio, pouco vai mudar, mas o movimento começou, ganhou apoio de outros clubes e pegou força. A Rede Globo sabe.
No geral, a transmissão da FlaTV foi um sucesso, teve uma repercussão gigante, mexeu com os rivais e instigou o futebol – e demais esportes – a pensar na relação entre TV e agremiações esportivas. Agora, seja para o bem ou para o mal, torcedores, dirigentes, emissoras e demais envolvidos refletem (ainda mais) sobre tal 'casamento'.
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