Flamengo e Santos: o futebol brasileiro não pode destruir o VAR
Por Antonio Mota
O Flamengo venceu o Santos por 1 a 0, na Vila Belmiro, no último domingo (30 de agosto), pela 6ª rodada do Brasileirão 2020, em uma partida que ficou marcada por polêmicas e reclamações relacionados ao VAR, que anulou corretamente dois tentos do clube paulista. A questão toda é: qual é o debate/crítica? Os gols irregulares do Peixe deveriam valer? Bom, não.
Claro, o VAR é um mecanismo novo e ainda precisa melhorar muito. Os erros acontecem e ainda vão acontecer. Porém, no duelo entre o Rubro-Negro e o Alvinegro, ele acertou e os fãs do esporte precisam entender isso: se o lance foi irregular, tem que anular. É – ou deveria ser – simples, mas parte da torcida reluta em reclamar do certo, ou melhor, do que lhe contraria.
É verdade que há um desgaste muito grande com o Árbitro Assistente de Vídeo, como visto na atitude de Gatito, do Botafogo, também no final de semana, mas criticar decisões acertadas, independentemente de para qual time seja, é outra história. É hipocrisia. É preciso entender que o VAR não está à disposição para “agradar”, mas, sim, para deixar o futebol mais limpo e justo.
Portanto, é necessário compreender o papel do VAR, segurar o coração e respeitar quando a sua decisão for correta, como foi nos dois lances do Flamengo e Santos e também na semifinal da Libertadores do ano passado entre o Rubro-Negro e o Grêmio, em que o árbitro de vídeo anulou três gols do time carioca. Não é para ter debate: novamente, se o lance foi irregular, tem que anular.
É fato que a situação é complicada e envolve vários fatores, inclusive de fora do campo – esses já conhecidos e debatidos no futebol brasileiro. Contudo, para o bem do esporte, não destruam o VAR.