Flamengo de Ceni ainda sofre com erros da ‘era Dome’, mas há boas diferenças, e a Nação precisa ter paciência
Por Antonio Mota
Após perder por 2 a 1 para o São Paulo, no Maracanã, no jogo de ida das quartas de final Copa do Brasil, na última quarta-feira (11), em partida que jogou melhor e poderia ter construído um placar positivo, o Flamengo empatou em 1 a 1 com o Atlético-GO, em casa, na noite de ontem (14), pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, e não foi bem, tendo apresentado vários erros e problemas da “era Domènec Torrent”. Todavia, apesar dessa instabilidade, já há diferenças entre os trabalhos do catalão e do recém-contratado Rogério Ceni.
Nesta curta avaliação, abarcando apenas os dois últimos confrontos da equipe, é possível ver que Ceni conseguiu, em especial no clássico interestadual da Copa do Brasil, montar uma equipe mais compacta, com mais mobilidade nas linhas ofensivas e maior pressão no ataque, além de menor previsibilidade e maior organização entre os setores – tudo muito diferente do que era proposto (ou realizado) pelo time de Dome.
Estas diferenças, porém, não foram tão marcantes no duelo do Rubro-Negro frente ao Dragão. Ontem, o Flamengo foi mais previsível, mostrou um repertório mais curto – abusando demais, e sem sucesso, das jogadas pelos lados do campo – e enfrentou grandes dificuldades para conseguir penetrar o adversário. Além disso, a noite pouco encantadora de Bruno Henrique, Gabigol, Gerson e companhia também ‘segurou’ o time no Maracanã – jogo parecido com os da ‘era Dome’.
Assim, apesar das oscilações e dos resultados negativos, o Flamengo de Rogério Ceni tem mostrado um futebol melhor, mais seguro, com mais armas ofensivas e mais encaixe na defesa e no meio de campo do que o de Domènec Torrent, mas ainda é cedo para dar uma sentença mais definitiva. É hora de esperar: “Vamos sofrer bastante neste início, pelas lesões, convocações e desgaste”, declarou o ex-goleiro no pós-jogo, e é verdade. O caminho para o patamar esperado não vai ser fácil.
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