Felipão acerta ao manter o Cruzeiro focado na luta para sair da zona do desconforto, mas acesso à elite é possível
Por Antonio Mota
O Cruzeiro bateu o Brasil de Pelotas por 4 a 1, no Mineirão, na noite do último sábado (5), pela 26ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, e chegou aos 34 pontos – nove a menos do que o Cuiabá, primeiro time no G-4, e dez a mais do que o Náutico, primeiro time no Z-4, que tem um jogo a menos –, com 12 partidas para o término da segunda divisão mais importante do país. A Raposa ainda não respirou.
Após o jogo, Felipão falou sobre a situação do clube e optou por manter um discurso mais cauteloso. “Há nove rodadas, se não me engano, éramos 19º colocados. Agora, somos 11º, estamos a oito ou nove colocações da parte ruim e a sete da parte que nos dá uma felicidade enorme, que é uma classificação. Mas, desses sete ou oito que estão na nossa frente, cada um tem seis, sete, oito ou nove pontos na nossa frente. E nem todos vão perder ao mesmo tempo. Nem nós vamos ganhar ao mesmo tempo”.
"Vamos fazer o que estamos preparados para fazer: sair da zona de baixo, do desconforto, estar ali pelo 10º, 8º ou 7º lugar na medida em que for transcorrendo os jogos e somando pontos. Nós não vamos mudar o discurso e nem fazer nada diferente até atingir a pontuação de 42, 43 ou 44 pontos para respirar."
- completou Felipão.
Experiente, Luiz Felipe Scolari tem 70% de aproveitamento no Cruzeiro e sabe que o clube vem crescendo na Segundona. Porém, aos 72 anos e com mais de cinco décadas no mundo do futebol, o treinador também tem ciência de que não se pode tirar os olhos do real objetivo: não cair para a Série C – o que dificilmente vai acontecer. Um deslize e tudo o que foi feito pode ser perdido...
Portanto, além de conhecer o futebol e de saber que a Raposa ainda não “respirou”, Felipão trabalha em um discurso para evitar maiores frustrações, o que poderia acabar gerando sequelas para a próxima temporada. Ele sabe o que faz e está certo ao manter os pés da Celeste no chão. Um passo de cada vez. Afinal, o retorno para a Série A ainda não é uma realidade.
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