Falta precisão! Galo produz muito, mas converte pouco; números são expressivos

Falta efetividade? Atlético de Sampaoli cria muito, mas converte pouco; veja os números.
Falta efetividade? Atlético de Sampaoli cria muito, mas converte pouco; veja os números. / Fernando Moreno/Agif/Gazeta Press
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O Atlético-MG empatou (0 a 0) com o Sport Club do Recife, no Mineirão, na noite do último sábado (24), pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro, em mais uma partida que foi agressivo, dominou o adversário e produziu muitos lances de ataque, mas que não conseguiu ser efetivo e não furou a barreira rival – cenário relativamente comum no Galo de Jorge Sampaoli. Veja abaixo - dados SofaScore.

No caso mais recente, contra o Leão da Ilha, por exemplo, o Alvinegro Mineiro terminou o jogo com 76% de posse de bola e 26 finalizações, sendo que apenas 9 foram na direção do gol e nenhuma passou por Luan Polli. Ou seja, teve a bola – a qual circulou 84% do tempo entre o meio de campo e o território do Sport –, criou muito no setor de ataque, mas não teve efetividade.

O Galo tem encontrado dificuldades para penetrar os adversários, especialmente contra 'equipes reativas'.
O Galo tem encontrado dificuldades para penetrar os adversários, especialmente contra 'equipes reativas'. / Pedro Vilela/Getty Images

Em outro caso recente, contra o Bahia, o cenário foi praticamente o mesmo, mas com derrota por 3 a 1: o Atlético teve 67% de posse de bola e finalizou 20 vezes, mas apenas 4 foram na direção da meta tricolor e apenas uma entrou. Mais um exemplo claro de domínio – neste caso, especialmente no primeiro tempo – e de falta de precisão. Além disso, também foi um jogo que salientou o problema que o time enfrenta com contra-ataques.

Antes, o Galo também apresentou esta falta de eficiência no empate (1 a 1) com o Fluminense: 65% de posse de bola, 14 chutes e apenas um gol; na derrota (2 a 1) para o Fortaleza: 69% de posse de bola, 15 finalizações e um gol marcado; no revés (3 a 1) diante do Santos: 59% de posse, 16 finalizações e uma bola no fundo das redes adversárias; na derrota (1 a 0) para o Internacional: 67% de posse de bola, 11 chutes e nenhum gol; e ainda no insucesso (2 a 1) frente ao Botafogo: 74% de posse bola, 31 chutes e apenas um tento.

Em resumo, focando apenas nessas sete partidas, o Atlético-MG finalizou 133 vezes e marcou apenas 5 gols – aproveitamento de apenas 3.75% –, acumulando ainda 5 derrotas e 2 empates ou 2 pontos em 21 possíveis, o que nitidamente influenciou em sua queda no Brasileirão.

Sampaoli precisa tornar o Galo mais letal.
Sampaoli precisa tornar o Galo mais letal. / Pedro Vilela/Getty Images

Em outros casos, mesmo que tenha conseguido os três pontos, o Galo também viu o placar terminar muito mais tímido do que poderia, como, por exemplo, contra o Coritiba (1 a 0), em que teve 53% de posse de bola, 21 chutes e marcou apenas um gol.

Ontem, no pós-jogo da partida entre o Atlético e o Sport, Jorge Sampaoli avaliou o desempenho da equipe e se mostrou irritado com a postura do adversário, mesmo lembrando que “faltou tranquilidade pra finalizar as jogadas”. Assim, pegando o gancho do próprio treinador, não adianta se aborrecer com o estilo de jogo dos adversários, é preciso trabalhar e encontrar formas para ser mais letal (vai voltar com um centroavante?) e também para se defender melhor – nem sempre parar os lances com faltas (o que acontece com certa frequência) vai ser a solução.

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