Exigências de um lado, convicções de outro: como o Inter deve agir no caso Abelão x Ramírez

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Se alguém esperava que Abel Braga, após a partida frente ao Bahia, no domingo, fosse informar se seguiria ou não no Internacional para a sequência do Campeonato Brasileiro, sua manifestação só fez aumentar o mistério. Há quem tenha ficado com a sensação de que ele não mais estará no banco de reservas a partir de janeiro. Outros acreditam na sua paixão pelo clube para tomar uma decisão contrária. É fato, porém, que tudo está nas mãos do presidente eleito Alessandro Barcellos.

O dirigente e o treinador conversaram frente a frente no último sábado. Abelão, claro, colocou suas condições para continuar, mas foi claro na entrevista ao dizer que não aceita dividir responsabilidades com Miguel Ángel Ramírez, nome escolhido pela nova direção vermelha para iniciar um projeto. Ou seja, fica a incógnita se o espanhol chegará em Porto Alegre já em janeiro (para ser um mero figurante ou realmente botar a mão na massa) ou se, diante das circunstâncias, seu desembarque será retardado para fins de fevereiro. Como se diz na gíria, é uma "sinuca de bico". Assim como Abel está no direito de pleitear, como ele mesmo falou, um contrato até o final de 2021, Barcellos tem suas convicções na implantação de um novo trabalho. No entanto, é o Inter que não pode sair prejudicado.

Na minha opinião, o pior caminho a seguir, para o bom andamento do dia a dia de trabalho, é simplesmente abrir mão do atual comando para colocar o interino Osmar Loss na vaga. Isso seria, literalmente, ficar no meio do caminho e dar um recado ao vestiário de que se trata, sim, de uma mera transição (sendo que há uma vaga de Libertadores em disputa). Agora, entre Abel e Ramírez para esses dois próximos meses, esta é uma avaliação que precisa ocorrer de forma rápida e absolutamente criteriosa. Bancar o gringo logo de cara é sinônimo de certeza no nome escolhido, mesmo havendo a necessidade de um tempo de adaptação. Se o técnico está disposto a isso, ótimo para o clube - não haveria decisão mais adequada. Mas que fique claro: quem estiver no cargo precisa estar "100%", e não cumprindo apenas uma mera formalidade.

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