Era uma vez o Rei de América? Oriente Médio soa como o declínio final de Luan

O Corinthians apostou no passado e acabou atirando no próprio pé ao contratar Luan, que, um dia, foi o Rei da América com a camisa do Grêmio.
O Corinthians apostou no passado e acabou atirando no próprio pé ao contratar Luan, que, um dia, foi o Rei da América com a camisa do Grêmio. / Alexandre Schneider/Getty Images
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Rei da América e peça-chave do Grêmio na conquista da Conmebol Libertadores de 2017, Luan chegou ao Corinthians na virada de ano de 2019 para 2020 para dar a volta por cima, recuperar o seu futebol e mostrar que não perdeu o brilho de quem um dia foi o melhor futebolista da América do Sul. Mas isto nunca aconteceu, e o Alvinegro Paulista acabou ficando com um caro e apagado ‘reserva de luxo’.

Há pouco mais de três anos, o Timão (e qualquer outro clube do Brasil) não teria condições de contratar Luan, uma vez que seria preciso muito mais do que R$ 22 milhões – quantia paga pelo Corinthians ao Imortal no ano passado – para tirá-lo de Porto Alegre. Porém, nas últimas temporadas, o meia definhou, caiu de produção e seu valor despencou. Hoje, com quase 28 anos e fora do radar da Europa, ele pode parar no Oriente Média.

Luan Grêmio Corinthians Futebol
Luan voava no Grêmio. / FEDERICO PARRA/Getty Images

Craque e ídolo no Grêmio, Luan atuava em várias posições e em inúmeras funções – falso nove, articulador clássico ou dinâmico etc. – e parecia dominar todas elas. Quem acompanhou a final da Libertadores de 2017, por exemplo, lembra o quanto o camisa 7 desequilibrava e parecia ter algo especial. Além disso, na Seleção Olímpica de 2016, o meia também deu a impressão de que iria muito mais longe. O que aconteceu?

Aparentemente desinteressado, sem ânimo e com pouco encanto, o versátil meia-atacante foi perdendo o seu posto de “intocável” e na mesma medida o seu nome foi sumindo dos noticiários no Velho Continente. Desgastado, ele precisou mudar de ares e aí apareceu o Corinthians. O Timão fez sua aposta, mas não obteve o resultado esperado: “O Rei da América nunca chegou a Itaquera”, bem escreveu o jornalista Douglas Ceconello, do ge, sobre o declínio do meia.  

E, de fato, a melhor versão do Luan nunca foi vista na Neo Química Arena. Muito pelo contrário – como bem se explica a possibilidade de o meia ir para o Oriente Médio. O camisa 7 não vai fazer falta se deixar o Corinthians em breve.

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