Em meio à crise, ideia de aumentar número de substituições precisa, no mínimo, ser discutida
Por Fabio Utz
O futebol tem regras. E estas regras precisam ser seguidas. Só que, em tempos de crise e incertezas até mesmo sobre o futuro do esporte na temporada, tudo precisa ser relativizado. E, neste contexto, até a ideia da Fifa em aumentar o número de substituições em uma partida precisa ser levada em conta.
Esta possível flexibilização da norma, fazendo com que o técnico possa mudar até cinco vezes a sua equipe (no momento, são três trocar permitidas), tem relação direta com o acúmulo de jogos que virá logo na sequência. Na Europa, por exemplo, a temporada 2019-2020 vai invadir o calendário da de 2021. No Brasil, onde sequer os Estaduais chegaram ao fim e os clubes, na necessidade de fazer caixa, não devem abrir mão de nenhuma competição, os compromissos oficiais de 2020 ultrapassarão a virada do ano.
E não tem outra forma. Para cumprir o que foi acordado, as equipes precisarão entrar em campo, quem sabe, três vezes na semana. Folga? Esta será uma palavra praticamente abolida da rotina dos profissionais nos próximos meses. E é por isso que qualquer medida que preserve a saúde e o físico dos atletas, no mínimo, precisa ser analisada. Claro que não é legal ficar à mercê de mudanças. Claro que o esporte precisa de normas bem definidas. Mas o cenário de exceção trazido pelo coronavírus impede que qualquer ideia para adequar o calendário, no mínimo, seja analisada. O que se quer é a volta da bola rolando (com segurança, é claro). E para que isso ocorra, é preciso se adaptar para depois, aos poucos, retomar a rotina.
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