Em entrevista, Honda se declara ao Botafogo e diz como pode contribuir com o clube: “Minha experiência”

Honda se declara ao Botafogo: "Eu, realmente, o amo".
Honda se declara ao Botafogo: "Eu, realmente, o amo". / MAURO PIMENTEL/Getty Images
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Em entrevista à Botafogo TV, publicada na manhã desta sexta-feira (7), o japonês Keisuke Honda lembrou de sua badalada chegada ao Brasil e mostrou ansiedade em reencontrar a Nação Alvinegra – lembrando que ele desembarcou no Rio em fevereiro e que desde então, devido à pandemia do novo coronavírus, não participou de nenhuma partida com a presença da torcida.  

"O dia da minha chegada foi incrível. Infelizmente, ainda não jogamos com a torcida. Isso é muito ruim. Eu sinto falta deles, porque, como disse antes, o motivo de eu ter vindo para o Brasil foi porque muitos torcedores estavam animados. Estou aqui há seis meses e estou animado para jogar para todos os torcedores. Estou esperando por isso", admitiu.

Honda conta os dias para reencontrar com a torcida do Botafogo. Agora, de preferência, no Nilton Santos.
Honda conta os dias para reencontrar com a torcida do Botafogo. Agora, de preferência, no Nilton Santos. / Wagner Meier/Getty Images

Além de comentar sobre o calor da torcida, o meia também destacou o carinho e a paciência de todos no clube com ele. "Eu não sei falar português, mas os jogadores são muito acolhedores comigo, foram muito amáveis quando cheguei aqui. Então, estamos tendo uma boa comunicação. Estou muito confortável, sou grato a eles. Eu penso que precisamos de um tempo para nos entendermos, mas isso tem melhorado. Estou muito feliz de estar aqui, com todos os jogadores, torcedores. É o meu... Como posso dizer? Talvez, é um momento para lembrar por toda a minha vida. Então, não quero perder tempo, quero continuar fazendo o meu melhor. Não só no jogo, mas também nos treinamentos”, declarou.  

"Realmente, aprecio as pessoas envolvidas com o Botafogo. É um clube bem legal, um clube família. Eu, realmente, o amo."

completou Honda.

Em seguida, Honda comentou sobre a honra que sente por ter sido escolhido como o ‘capitão’ do Botafogo. "Estou orgulhoso desse clube e orgulhoso de mim mesmo de ser capitão de um dos maiores e mais tradicionais clubes do Brasil. Especialmente, por ser estrangeiro, não sei falar português... Estou me sentindo muito respeitável. Estou feliz por ser capitão aqui. Mas, por outro lado, tenho de descobrir como ajudar o time como capitão, porque não falo português. Mas posso ajudar com conduta e algumas poucas palavras. Sempre procuro as melhores palavras para o time”, disse, acrescentando:


“No campo, Caio e outros jovens jogadores não deveriam pensar muito no jogo coletivo. Pela qualidade deles e características, precisam jogar soltos quando conseguem a bola. E, sabe, eu deveria ver a ação deles primeiro, e eu quero ajustar o que é melhor para o time. É por isso que, até agora, eu estou mais balanceado com o Caio. Porque, pela qualidade e estilo dele, ele deveria jogar mais livre. Mas isso acho que é a maneira dele jogar e eu tenho atuado bem com o Caio até agora, e acredito que podemos melhorar. Eu espero que possamos jogar melhor e sermos jogadores melhores que no ano passado", destacou.

Honda chegou para ser o 'cara' do Botafogo em 2020.
Honda chegou para ser o 'cara' do Botafogo em 2020. / Buda Mendes/Getty Images

Honda ainda comentou sobre como tem sido sua adaptação e das dificuldades ao futebol brasileiro. "Eu ainda não sei tudo sobre o Campeonato Brasileiro. Todos me disseram que o calendário brasileiro é muito difícil de se ajustar, pois é um país grande, com diferentes temperaturas, e um tempo muito curto. Então, Paulo [Autuori] me disse: ‘Eu acho que nós precisamos de mais do que 11 jogadores porque, do contrário, não conseguiremos jogar bem durante toda a temporada’, porque essas condições são bem difíceis. Eu estou aprendendo sobre o futebol brasileiro, porque o Brasil é o melhor do mundo. E vi grandes jogadores que encontrei jogando no Milan [Itália], CSKA [Rússia], e outros times, contando também os que enfrentei".

"Eu gostei de aprender e quero... Você perguntou o que eu posso contribuir com o futebol brasileiro, mas eu penso em como adquirir experiência com o futebol brasileiro. Então, estou faminto em aprender e quero me aperfeiçoar."

disse o meia.
Honda estreou com a camisa do Botafogo no duelo contra o Bangu.
Honda estreou com a camisa do Botafogo no duelo contra o Bangu. / Kaz Photography/Getty Images

Por fim, Honda disse que o que mais tem para oferecer ao Botafogo é sua ‘experiência’. "Eu acho que o melhor que eu posso contribuir para o Botafogo é, eu acho, a minha experiência. Eu acho que alguém que tem boa técnica e bom físico... O futebol deveria ser mais organizado. Ninguém consegue vencer sozinho. Nós temos de saber como ganhar o jogo como um time, não sozinhos. É importante sabermos o que devemos entender, o que vamos fazer. Qual é a nossa estratégia? Qual é o nosso objetivo? Podemos perder para um time forte, mas não quero perder para um... Não quero dizer time fraco, mas um time mais fraco que nós. Então, isso quer dizer que eu tenho de falar com os outros jogadores que não entendem esse método, o que eu penso e o que o Paulo [Autuori] pensa. Essa é a minha tarefa e nós temos de jogar constantemente com a mesma qualidade em toda temporada. Assim eu acho que posso ajudar o time", encerrou.

As informações acima são do UOL Esporte.

Veja a entrevista completa: