Em crise Cruzeiro vende jovens atletas para quitar salários atrasados
O ano de 2020 pode ser considerado o pior da história do Cruzeiro. A equipe mineira disputa neste ano a Série B do brasileiro pela primeira vez em sua história e de quebra vive em uma grave crise financeira que não parece ter fim.
Atrasos salariais vinham acontecendo desde a gestão de Gilvan de Pinho Tavares, em 2017, foram escancarados na atual crise financeira do clube. Recentemente o Cruzeiro foi condenado pela FIFA e perdeu 6 pontos na disputa da Série B, que ainda nem começou, por atrasar pagamentos em relação ao volante Denílson, ex-jogador do time que foi contratado por empréstimo junto ao Al Whada do Catar.
Para acertar alguns salários o clube celeste tem vendido algumas de suas joias da base por um valor abaixo do mercado, como foi o caso de Edu, vendido ao Athletico-PR por 500 mil euros.
No ano passado saíram Murilo, considerado substituto imediato de Dedé e Léo, para o Lokomotiv Moscou, da Rússia por 2,3 milhões de euros. Raniel foi vendido ao São Paulo por R$ 13,7 milhões. Lucas Romero vendido ao Independiente-ARG por 2,2 milhões de dólares. As vendas destes atletas, com valores de câmbio da época, somaram pouco mais de R$ 32 milhões, o equivalente a duas folhas salariais na época, segundo o globoesporte.com
Neste ano o clube reduziu a folha salarial em R$ 3 milhões, mesmo assim seguiu negociando jovens promessas. O lateral Weverton, de 20 anos, foi negociado com o Red Bull Bragantino por R$ 4 milhões. Weverton vai encontrar um companheiro que estava com ele no Cruzeiro no começo do ano, trata-se do zagueiro Fabrício Bruno, 24, vendido também ao clube de Bragança Paulista por R$ 500 mil, em troca o Cruzeiro ficou com 25% dos direitos do atleta e Fabrício retirou uma ação trabalhista contra o clube. Situação parecida com a de David e Éderson, que moveram ações contra o clube e foram vendidos por R$ 6 milhões, e assim retirando a ação contra o time mineiro.
Os próximos jovens a sair podem ser o zagueiro Cacá e o meia Maurício, que vem sendo procurados para transferência. Recentemente o gestor de futebol da Raposa, Carlos Ferreira, disse em entrevista ao canal Informativo Cruzeiro, que o clube deixou de arrecadar R$ 46 milhões com a venda dos dois atletas, devido às paralisações por conta da Covid-19.
Jogadores campeões e mais experientes não ficaram de fora do corte de gastos da Raposa. Em nota o Cruzeiro informou que o lateral direito Edílson e o meia Robinho não fazem mais parte do elenco do clube. No início do ano os dois atletas não aceitaram reduzir seus salários com a realidade atual do clube. Edílson tinha contrato até o fim deste ano, Robinho tinha vínculo com o clube até o final de 2021.