Eleito vereador do Rio, Marcos Braz vai continuar como VP de futebol do Flamengo; e agora?

Marcos Braz vai se dividir entre o cargo de vereador e de vice-presidente de futebol do Flamengo no ano que vem.
Marcos Braz vai se dividir entre o cargo de vereador e de vice-presidente de futebol do Flamengo no ano que vem. / Andre Melo Andrade/MyPhoto Press/Gazeta Press
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Eleito vereador do Rio de Janeiro, Marcos Braz vai continuar no cargo de vice-presidente de futebol do Flamengo. Isto é, o cartola rubro-negro vai exercer duas funções ao longo do próximo ano: uma nos bastidores do Ninho do Urubu e outra nas cadeiras da Câmara Municipal do Rio. E, tratando-se de duas pastas tão exigentes, há o questionamento natural sobre como ele vai conciliar os trabalhos.

Bom, no Mais Querido, existem divergências quanto a essa situação. Inclusive, conforme informações do GE, um grupo político da agremiação, o “Flamengo da Gente”, propôs uma alteração no estatuto para tentar evitar possíveis atritos desta natureza – fazendo com que os dirigentes da equipe que se candidatarem no futuro tirem licença de seus cargos no time.

Em outras palavras, há preocupações no Rubro-Negro sobre como essa ‘dupla tarefa’ diária vai funcionar e também acerca do quanto vai impactar no clube, uma vez que Braz é um dos principais dirigentes da instituição e peça-chave para o sucesso da equipe desde a temporada passada – além de ter sido em outros momentos em um passado mais distante.   

Questionado ao longo de toda a sua campanha, o cartola sempre falou que, mesmo se fosse eleito (como foi), não deixaria o Flamengo, e que isso não impactaria em seus trabalhos.

A Câmara Municipal do Rio, por razões óbvias – notando que o cargo no Rubro-Negro não impede o Braz de ser vereador –, não trata do assunto.

Dito isto, após passar a versão de todos os envolvidos – clube, Braz e Câmara –, a verdade é que, olhando o todo, dificilmente algumas das partes não saíra prejudicada dessa situação. O que isso quer dizer? O cartola vai ter que se comprometer, mais cedo ou mais tarde, menos com o Flamengo ou com o povo do Rio de Janeiro. E aí o “atrito” vai começar.

Em si, a relação política e futebol é sempre complicada, mesmo que comum, e sempre acaba gerando um choque de interesses – citando apenas o mínimo.   

O fato é que Marcos Braz não vai se afastar do Mais Querido e pretende seguir com as duas pastas. E isto certamente não faz bem ao Flamengo, que vai sentir a “divisão” de seu principal VP, e também ao futebol e a política – um representante do povo se dividindo em outras funções?. Vale acompanhar essa situação...