EA planeja expandir jogos esportivos em cinco anos
Por Daniel Farias
A Electronic Arts planeja expandir seus jogos esportivos nos próximos cinco anos, com o objetivo de atingir um público global de 500 milhões de jogadores, de acordo com o gerente geral da EA Sports, Daryl Holt.
Em declarações à Axios, Holt disse que a empresa planeja se expandir com "novos modelos de negócios, novas geografias" enquanto trabalha para atingir esse objetivo. Os planos da EA incluem voltar ao golfe, futebol americano universitário, beisebol e, usando a recente aquisição da Codemasters, chegar até a Fórmula 1. Também continuará a promover seus títulos de futebol americano (Madden NFL), futebol (FIFA), hóquei (NHL) e UFC.
Holt afirmou que a EA está trabalhando em alguns projetos de basquete, mas um retorno oficial ao esporte ainda está muito longe. O jogo para celular NBA Live continuará sendo sua única oferta de basquete por enquanto.
Um dos pilares da estratégia da EA é a ênfase nas ligações sociais entre os jogadores. "Estamos criando um aspecto social e redes sociais em nossos jogos", disse Holt. Os detalhes dessa parte do plano permanecem em segredo.
Holt disse que os jogos de esportes da EA provavelmente permanecerão na programação anual de lançamentos que empregaram até agora, mas que a empresa está bastante ciente da mudança em curso em direção aos títulos de "game as a service", que significa jogo como serviço. “Acho que é uma evolução que está acontecendo na indústria de jogos de maneiras diferentes. A forma como desbloquearemos o mundo dos games de esporte nesse tipo de serviço, acho que veremos no futuro."
Análise
A EA há muito confia em seus lançamentos anuais de franquias esportivas como base para seus negócios, mas o modelo de live service acelerou o já crescente efeito de fadiga da franquia e, em muitos aspectos, parece mais adequado para um jogo como o FIFA.
As novas versões anuais de FIFA raramente fazem mudanças significativas no jogo. O que a maioria dos jogadores espera ano a ano são os gráficos ligeiramente melhorados, algumas músicas novas, algumas mudanças de jogabilidade sem importância e uma atualização de estatísticas. O live service simplificaria o processo, tornando as coisas mais simples e acessíveis para novos jogadores. Afinal, grande parte da receita do FIFA vem de suas já existentes microtransações. A EA poderia facilmente se inclinar para esse aspecto e manter seus jogos de esportes vivos por meio de cartas e pacotes.
A EA teve a sorte de ninguém ter conseguido entrar em seu território esportivo com uma forte oferta de live service, mas isso não vai durar para sempre, e ela pode certamente sentir para que lado o vento sopra. Se uma versão de live service do FIFA ou Madden aparecer em um futuro próximo, não se surpreenda.