Disputa pelo título brasileiro extrapola as quatro linhas, com Inter e Flamengo se utilizando de "artifícios"

Buda Mendes/Getty Images
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Do campo para as arquibancadas, das arquibancadas para os microfones. A disputa entre Internacional e Flamengo pelo título do Campeonato Brasileiro não se resume a dentro das quatro linhas. Muito pelo contrário. O que acontece em campo é apenas pano de fundo para ações à beira do gramado e declarações à imprensa. E isso já está durando bem mais que o esperado.

Há mais de uma semana, quando o Inter se sentiu prejudicado pela arbitragem em jogo contra o Vasco da Gama, o presidente Alessandro Barcellos quebrou protocolo estabelecido pelo próprio clube e questionou a lisura do Brasileirão, pedindo atenção máxima. O vice de futebol flamenguista, Marcos Braz, retrucou e chamou o dirigente de "pato novo", alguém que não estava acostumado a disputar decisões.

Pois veio o jogo do último domingo, e o Colorado, além de afirmar, nas palavras de João Patrício Herrmann, responsável pelo futebol vermelho, que o time foi "surrupiado", reclamou do local em que acompanharam o duelo, com os rivais tendo a possibilidade de ficar praticamente atrás da tela do VAR e podendo pressionar o árbitro Raphael Claus. Na última segunda-feira, Barcellos e o mandatário flamenguista, Rodolfo Landim, estiveram na sede da CBF. O tom do encontro foi político, pacífico, mas antes o representante gaúcho já havia colocado mais lenha na fogueira. "Ninguém quer ser tratado como o Flamengo trata os outros clubes. Com tanta arrogância e prepotência", disse, em entrevista à Rádio Gaúcha.

Dificilmente essa troca de farpas terminará na quinta-feira, quando será conhecido o novo campeão nacional. Quem ganhar possivelmente tocará uma flauta, enquanto o perdedor se aproveitará de mais alguns minutos para reclamar.

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