Dirigentes se preocupam com situação das categorias de base no Brasil

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FBL-U20-BRA-ARG-TEAM / CLAUDIO REYES/Getty Images
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Fim das categorias de base? A pandemia do novo coronavírus parou o futebol brasileiro e, consequentemente, impactou drasticamente nas finanças dos clubes. A situação é muito delicada e tem deixado os profissionais da área preocupados, principalmente os que atuam nas divisões inferiores e veem os cortes serem ainda mais categóricos.



Em entrevista concedida ao UOL Esporte, Eduardo Freeland, gerente das categorias de base do Flamengo e presidente do Movimento dos Clubes Formadores do Futebol Brasileiro (MCFFB), comentou sobre o momento turbulento e preocupações com as divisões inferiores durante a pandemia do Covid-19.

"A gente ouve algumas conversas. Eu não posso te afirmar, mas eu já ouvi de alguns clubes que estão encerrando [a categoria de base]. A gente já tem notícia de que clubes fizeram demissões de profissionais. Ou estão suspendendo as atividades por tempo indeterminado, mas também se a gente for pensar num percentual, ele é baixíssimo", desabafou.



O MCFFB foi criado em 2012 e tem em sua formação executivos da base e dirigentes dos principais clubes do futebol brasileiro. O ‘Movimento’ trata de assuntos relacionados a categoria. Atualmente, o principal ponto abordado pelo grupo é em relação a como os times do país vão tratar as divisões inferiores no um eventual retorno do esporte e também na evolução desses atletas.



“É claro que a evolução do atleta passa por treinamento e obviamente por competir. Então dizer que não freia não seria o mais correto. Claro que a paralisação interfere [na evolução dos atletas]. Eu entendo que dá uma pausa. Então, quanto melhor os clubes usarem essa pausa para aprimorar outras possibilidades no processo formativo do atleta, melhor. Claro que futebol é essencialmente prático, mas a gente pode usar recurso para aprimorar alguns outros aspectos, principalmente o cognitivo, o entendimento e tudo mais do atleta”, explicou Freeland.

Preocupado, o MCFFB enviou uma carta à CBF e às federações dos estados para expressar inquietação quanto ao retorno das atividades e para enfatizar: “que só defenderá a volta dos treinamentos e das competições oficiais quando protocolos de medidas preventivas puderem garantir a saúde e segurança às crianças, aos jovens e aos demais profissionais vinculados aos clubes e ao futebol de base”.



O Movimento dos Clubes Formadores do Futebol Brasileiro (MCFFB) conta com representantes de mais de 50 clubes, incluindo dos grandes de Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e da Bahia.



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