Dirigentes do Santos tentam apaziguar a crise pedindo concorrência solidária por parte dos outros clubes

Santos v Delfin - Copa CONMEBOL Libertadores 2020
Santos v Delfin - Copa CONMEBOL Libertadores 2020 / Wagner Meier/Getty Images
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Apelando para a boa e velha conversa, os dirigentes do Santos pediram solidariedade a seus concorrentes, nessa última segunda-feira, 20. O intuito é minimizar os danos financeiros que o time da Vila Belmiro está vivendo, e que se agravou com a pandemia. O tom de papo é uma forma de aguçar o "pensamento coletivo" dos outros clubes, fazendo com que esses não tentem contratar os atletas que podem sair por meios judiciais em vista do atraso salarial.

Hoje, o Santos enfrenta ações trabalhistas de Everton e Eduardo Sasha por conta de falta de pagamento do FGTS e direitos de imagem. Mas, para o infortúnio dos dirigentes, ainda há uma lista de jogadores com atraso, que podem seguir o mesmo caminho.

Como se já não bastasse toda crise externa, os jogadores e José Carlos Peres não nutrem um bom relacionamento há um tempo, fato que se agravou durante a pandemia. Os atletas alegam que seus salários foram cortados sem aviso ou negociação. Toda essa movimentação nos bastidores do Peixe gerou uma espécie de motim que parece não se resolver com diálogo.

O maior medo do Santos tem nomes e sobrenomes: Jorge Sampaoli e Alexandra Mattos, ambos no Atlético-MG. O treinador deixou o Peixe em pé de guerra com Peres e não se importaria de ir atrás de seus atletas favoritos. O dirigente argentino também preocupa, afinal, Mattos já aproveitou de situações parecidas para contratar jogadores de outros times, inclusive do próprio Santos, como foi o caso de Arouca e Aranha.