Dirigente do Galo fala em "desrespeito" e "traição" do Flamengo em lobby por MP que libera direitos de arena

DANIEL RAMALHO/Getty Images
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A edição da Medida Provisória 984, que causou um verdadeiro rebuliço no futebol brasileiro na última quinta-feira, muda por completo a regra para comercialização do chamado direito de arena. Obviamente, o tema ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional, mas ganhou repercussão imediata entre os dirigentes.

Lásaro Cândido, vice-presidente do Atlético-MG, criticou a postura do Flamengo, que fez o chamado lobby junto ao presidente Jair Bolsonaro para que o assunto viesse à tona. Segundo ele, houve um desrespeito a todas as demais agremiações do país. "O presidente do Flamengo (Rodolfo Landim) foi lá para Brasília sem conversar com os clubes e conseguiu a edição de uma medida provisória em desrespeito à coletividade dos clubes. (...) O Flamengo cometeu quase que uma traição. No mínimo, um desrespeito, porque ele tem que tratar isso coletivamente. O Flamengo não joga sozinho", disse.

Quanto ao mérito da MP, Cândido foi cauteloso. "A liberdade é sempre importante. Agora, essa liberdade tem que ser seguida com organização das equipes que participam da competição." A MP dá ao clube mandante de uma partida o direito de comercializar os direitos de transmissão da mesma. O que acontece (ou acontecia) até o momento é a venda dos direitos de um campeonato como um todo, com as equipes podendo se acertar ou não com a emissora responsável através de pacotes que envolvem TV aberta, fechada e pay per view. Se a nova ordem vigorar, o que pode acontecer é cada duelo ser transmitido por uma rede diferente. Ainda na quinta-feira, a TV Globo emitiu uma nota dizendo que os contratos já firmados não podem ser objeto da medida, uma vez que constituem negócios jurídicos perfeitos.

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