Derrotado no dérbi, Vítor Pereira evita eleger culpados e prega paciência: 'Pés no chão'

Após novo revés em clássico, Vítor Pereira analisou a diferença de tempo de trabalho dos treinadores envolvidos
Após novo revés em clássico, Vítor Pereira analisou a diferença de tempo de trabalho dos treinadores envolvidos / Vinicius Nunes/Agência F8/Gazeta Press
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Em dérbi disputado na noite desta quinta-feira (17), o Corinthians não conseguiu superar o implacável Palmeiras de Abel Ferreira e acabou sendo derrotado por 2 a 1. Com isso, Vítor Pereira chegou ao seu segundo revés em três partidas, sendo dois clássicos fora de casa - também perdeu para o São Paulo, por 1 a 0.

E, por falar nisso, a questão do tempo foi justamente um dos focos da entrevista do treinador lusitano: "Fundamentalmente, foram dois clássicos jogados, um com três dias de trabalho e outro com duas semanas, contra um clube que tem dois anos de trabalho. Eles têm dois anos de trabalho, nós, duas semanas".

"Não é fácil construir um processo de jogo, não faço milagres, não tenho varinha mágica, não sou mágico."

Vítor Pereira, em coletiva

Se aprofundando mais nos aspectos táticos, Pereira apontou falhas do seu plantel, sobretudo no aspecto ofensivo: "Tivemos dificuldade em perceber os espaços, por méritos do Palmeiras, que nos pressionou, com muitas pressões individualizadas, no portador da bola. Faltou-nos mobilidade entre os meias, os extremos, e faltou movimentos à profundidade para nos libertar esses espaços".

"Faltou-nos também um bocadinho de agressividade sobre os zagueiros deles. Permitimos muitas vezes o passe longo na profundidade, obrigando-nos a correr para trás. Houve uma dificuldade na construção e também, no meu ponto de vista, faltas consecutivas, com excesso de agressividade, que exigiam cartão amarelo", completou.

Amplamente criticado nas redes sociais, Lucas Piton sofreu para marcar Dudu. E, apesar das notáveis falhas do lateral, Vítor evitou eleger um culpado. "Quando ganhamos, ganhamos como equipe. Quando perdemos, perdemos como equipe. Não me levem a mal, mas tenho dificuldade de centralizar o jogo num atleta como o Lucas Piton, que é jovem e precisa que eu o ajude a crescer".

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Verdão pressionou desde o início, e Timão entrou desligado / Marcello Zambrana/ Agif/Gazeta Press

"Quando as coisas não resultam como nós queremos, a primeira responsabilidade é minha, depois é compartilhada com a equipe, não com jogador A, B ou C. Não vou individualizar. Como o Lucas, houve vários jogadores... Não foi o jogo pelo adversário e porque temos que melhorar nossos processos ofensivos e defensivos."

Vítor Pereira, em coletiva

Pereira também pregou paciência: "Em duas semanas de trabalho, é impossível preparar uma equipe para jogar em um nível alto, em um nível muito alto. Temos que ter os pés no chão. Não sou eu quem crio onda, são vocês que criam as expectativas. As pessoas criam a expectativa. Em duas semanas de trabalho... Não há. Eu acredito no trabalho, não em varinhas mágicas".