Derrota do Inter em nada tem a ver com "peso do jejum", afinal, o líder também apresenta suas limitações
Por Fabio Utz
Ninguém esperava que o Internacional, com a possibilidade de novamente abrir vantagem na liderança do Campeonato Brasileiro, fosse tropeçar em casa diante do Sport. A derrota por 2 a 1 não apenas deixa a competição totalmente em aberto como faz levantar questionamentos sobre o que esperar do Colorado nesta reta final da competição.
Não, não acredito que o peso de tirar o clube de um jejum de 41 anos tenha interferido na atuação do time. O técnico Abel Braga sabe, como poucos, remover esse piano das costas de seu vestiário. Também não creio que tenha sido um simples resultado isolado de um contexto maior, embora a campanha irrepreensível do clube gaúcho. Para mim, a performance vermelha ao longo do torneio é uma surpresa, e a perda de uma longa invencibilidade vai ao encontro das limitações do grupo como um todo, mesmo que o adversário seja bem inferior.
O Inter já não havia atuado bem frente ao Athletico-PR, na semana passada, dando claros sinais de desgaste físico. Nesta quarta-feira, com os atletas descansados, o coletivo não foi capaz de suplantar um ferrolho nordestino, alguns jogadores que vinham brilhando não apareceram tanto assim e falhas individuais acabaram custando caro. Ou seja, vários aspectos, juntos, abriram espaço para um baque importante na caminhada rubra. Obviamente, a equipe segue muito viva - não à toa ainda está em primeiro lugar, com um ponto a mais que o Flamengo. Mas o revés precisa, sim, de um olhar crítico. Acontece? Claro. Mas, desta vez, aconteceu na hora mais inapropriada possível.
Para mais notícias do Internacional, clique aqui.
Quer saber como se prevenir do coronavírus? #FiqueEmCasa e clique aqui.