Derrota do Inter em nada tem a ver com "peso do jejum", afinal, o líder também apresenta suas limitações

Silvio Avila/Getty Images
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Ninguém esperava que o Internacional, com a possibilidade de novamente abrir vantagem na liderança do Campeonato Brasileiro, fosse tropeçar em casa diante do Sport. A derrota por 2 a 1 não apenas deixa a competição totalmente em aberto como faz levantar questionamentos sobre o que esperar do Colorado nesta reta final da competição.

Não, não acredito que o peso de tirar o clube de um jejum de 41 anos tenha interferido na atuação do time. O técnico Abel Braga sabe, como poucos, remover esse piano das costas de seu vestiário. Também não creio que tenha sido um simples resultado isolado de um contexto maior, embora a campanha irrepreensível do clube gaúcho. Para mim, a performance vermelha ao longo do torneio é uma surpresa, e a perda de uma longa invencibilidade vai ao encontro das limitações do grupo como um todo, mesmo que o adversário seja bem inferior.

O Inter já não havia atuado bem frente ao Athletico-PR, na semana passada, dando claros sinais de desgaste físico. Nesta quarta-feira, com os atletas descansados, o coletivo não foi capaz de suplantar um ferrolho nordestino, alguns jogadores que vinham brilhando não apareceram tanto assim e falhas individuais acabaram custando caro. Ou seja, vários aspectos, juntos, abriram espaço para um baque importante na caminhada rubra. Obviamente, a equipe segue muito viva - não à toa ainda está em primeiro lugar, com um ponto a mais que o Flamengo. Mas o revés precisa, sim, de um olhar crítico. Acontece? Claro. Mas, desta vez, aconteceu na hora mais inapropriada possível.

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