De Roger Machado para Mano Menezes: o que o Bahia quer? O ‘rompimento’ de uma ideia pode ser bom para o Tricolor
Por Antonio Mota
Ex-Grêmio, Corinthians, Seleção Brasileira, Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras, Mano Menezes foi anunciado na noite de ontem (9) como o novo treinador do Esporte Clube Bahia, que demitiu Roger Machado há uma semana. Multicampeão, o técnico chega à Salvador com a missão de colocar o Esquadrão de Aço nos trilhos, mas também como o “rompimento” de uma filosofia duradoura no clube baiano.
Além de precisar fazer o Bahia “jogar”, Mano vai ter que provar que o Tricolor acertou ao trocar um perfil de comando consolidado nas últimas temporadas, que começou há quase cinco anos e incluiu vários profissionais, como Guto Ferreira, Enderson Moreira e o próprio Roger Machado, e justificar essa quebra, que, ao longo desse período, se auto alimentou e mostrou ser funcional para os planos da equipe.
Dito isto, mesmo que Mano não apareça como o nome mais coerente e/ou dentro da proposta conhecida do Bahia, ele pode acrescentar e muito ao clube. Afinal, o veterano tem muito conhecimento do mundo da bola, muita bagagem futebolística e ainda um histórico vencedor – sem desconsiderar, obviamente, que ele também precisa se reencontrar e que seus últimos 15 meses foram bem ruins.
De todo modo, o Bahia se mostrou arrojado ao deixar os técnicos promissores para ir nos medalhões. Sem dúvidas, o caminho vai ser arriscado, mas também pode ser proveitoso, sobretudo pela junção da qualidade do elenco do time, que tem boas peças, como Rodriguinho e Gilberto, com a experiência de Mano Menezes. Vale ficar de olho no Esquadrão...