Cruzeiro tem dívida milionária para quitar até o final do mês; segundo semestre pode deixar situação ainda pior
Por Antonio Mota
Em meio à forte crise financeira, inflada pela pandemia do novo coronavírus, e condenação da FIFA à perda de 6 pontos na Série B do Brasileirão, o Cruzeiro vai precisar encontrar uma forma de quitar ordem de pagamento milionária referente à compra de atacante há seis anos atrás.
De acordo com informações do GloboEsporte.com, a Raposa precisa pagar mais de 1.4 milhões de euros (aproximadamente R$ 9 milhões, na cotação atual) ao Zorya Luhansk, da Ucrânia, pela compra de Willian, em 2014. O montante deve ser pago até o último dia útil do mês: a sexta-feira (29).
A dívida, no entanto, é apenas mais uma das não sanadas pelo clube mineiro. No segundo semestre, o Cruzeiro tem outras duas ordens de pagamento: uma da compra do zagueiro Kunty Caicedo, do Independiente del Valle, em 2016, e uma do meio-campista De Arrascaeta, em 2015. Os dois atletas não estão mais na Toca da Raposa.
Em seu balanço financeiro de janeiro, o clube celeste revelou que tinha R$ 52 milhões em débitos junto à FIFA. Porém, com a alta de moedas estrangeiras, o valor atual supera os R$ 81 milhões, sendo R$ 36,6 milhões, para serem pagos nesse primeiro semestre, R$ 43,7 milhões, nos próximos seis meses, e ainda R$ 1,1 milhão em 2021.
Em entrevista, Sandro Gonzalez, CEO do Cruzeiro, falou sobre a preocupação com as dívidas e impacto do Covid-19. “Estamos vivendo um momento de exceção, em que o mundo está sofrendo com as consequências desta crise com o Coronavírus. Todos sabem da falta de recursos do Cruzeiro, e o clube teve suas receitas ainda mais comprometidas pela situação de pandemia”, afirmou.
Além dos compromissos citados acima, o clube celeste ainda precisa resolver as dívidas com o Morelia, do México, por Riascos, de 1,15 milhão de dólares; com o Tigres, por Rafael Sobis, de 3 milhões de dólares; com o Instituto de Córdoba, por Ábila, por mecanismo de solidariedade; e ainda há outros casos prestes a explodir, como do meia Rodriguinho, vindo do Pyramids, do Egito.