Crise? Pandemia pode reduzir mais de um terço dos patrocínios esportivos

UEFA Champions League"Real Madrid v Liverpool FC"
UEFA Champions League"Real Madrid v Liverpool FC" / VI-Images/Getty Images
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Com o futebol e todos os outros esportes paralisados há meses na maior parte do planeta, as projeções financeiras não são nada animadoras. De acordo com a agência de marketing esportivo Two Cirles, o patrocínio ao redor do mundo deve cair de $46,1 bilhões para $28,9 bilhões, uma queda de 37% em comparação ao ano de 2019.

O principal agente da diminuição dos valores é o COVID-19. A pandemia e suas consequências resultaram no adiamento de contratos de patrocínio que estavam para serem fechados e no cancelamento de vínculos já existentes, principalmente, por uma política de cortes de gastos nas empresas. Em momentos de dificuldades financeiras, é natural que as companhias reduzam as despesas em áreas menos vitais para o funcionamento do negócio, como o marketing.

O resultado negativo para os esportes também se dá como um efeito cascata, já que os setores mais atingidos pela pandemia também são os principais responsáveis pelos patrocínios ao redor do globo. Marcas de veículos, indústrias de energia, companhias aéreas e serviços bancários e financeiros são partes importantes no 'top 10' de maiores investidores nos desportos. Por conta da política de redução de custos, juntos, esses nichos de mercado podem reduzir até 55% dos investimentos no patrocínio esportivo.

O CEO da Two Circles, Gareth Balch, acredita que a falta de eventos esportivos afeta seriamente os patrocínios, já que as empresas não conseguem enxergar uma aplicação efetiva de seus investimentos.

"Como plataforma de marketing para atingir públicos apaixonados e emocionalmente envolvidos em grande escala em ambientes seguros para a marca, o patrocínio esportivo é incomparável. No entanto, com o esporte ao vivo interrompido globalmente desde março, o valor que as propriedades esportivas têm sido capazes de oferecer aos parceiros de marca é limitado, com o corte de custos em setores que investem fortemente em patrocínios, apresentando também um desafio significativo na assinatura de novos acordos. "

disse Gareth.

A expectativa é que, no 'pós-COVID', as empresas e os clubes tenham que pensar juntos em maneiras diferenciadas de veiculação da publicidade, para assim, tentar manter o investimento no patrocínio. Nesse sentido, Balch destaca que:

"Embora todos os setores do esporte estejam sofrendo, continuamos certos de que a economia do esporte prosperará a longo prazo e, quando a recessão iminente terminar, todos os setores contarão com as melhores plataformas de marketing disponíveis para expandir seus negócios. As propriedades esportivas que usam esse período para investir em suas propostas de patrocínio, afastando-se especialmente da exposição de logotipo com analógico e do envolvimento tangível e direcionado ao público, serão aquelas que prosperam mais após o Covid-19."

cita Gareth.

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