Corinthians oferece suporte, mas goleiro Cássio não descarta saída após ameaças de morte
Por Lucas Humberto
As ameaças direcionadas a Cássio e seus familiares - leia mais aqui - podem resultar na saída antecipada do ídolo corintiano. Segundo informações do ge, o goleiro de 34 anos irá conversar com Carlos Leite, seu agente, para tratar a questão. Vale lembrar que a polícia foi acionada ainda nesta quinta-feira (7) e, agora, todas as partes envolvidas aguardam novidades na investigação.
Cesar Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva, contou ao ge que Cássio estava muito abalado. "A mulher dele falou que queria sair (de São Paulo) por conta das ameaças", revelou. Internamente, sabe-se que o Corinthians segue oferecendo suporte ao arqueiro e seus familiares.
Por ora, não há nenhuma reunião agendada do atleta com a diretoria do clube para tratar uma possível ruptura contratual. Aliás, embora esteja chateado, o jogador permanece trabalhando normalmente. Na manhã desta sexta-feira (8), o atleta treinou junto ao restante do elenco visando o duelo deste domingo (10), contra o Botafogo, pela estreia do Campeonato Brasileiro.
"Ele ama o clube de verdade, vai sofrer muito se for embora. Mas a forma como está sendo injustiçado, sendo acusado de querer derrubar treinador, isso não existe. Ele gosta dos treinos do Vitor Pereira, está no peso que tem que estar, se cuida, é muito injusto", destacou um familiar ao ge. Em janeiro deste ano, ele teve seu contrato renovado até o fim de 2024.
Uma potencial saída dependerá de muitos fatores, incluindo o mercado. Além da janela do futebol brasileiro estar próxima de ser encerrada - terça-feira, 12 -, Cássio recebe um dos salários mais altos do elenco alvinegro. No exterior, as opções são menores. A janela da Major League Soccer (MLS), por exemplo, estará aberta até maio, mas neste caso a idade pode ser um entrave.
Leia na íntegra a nota divulgada pelo goleiro
Resolvi me manifestar depois dos fatos que aconteceram com a minha família nesta quinta-feira (07/04).
Encaminhei à polícia os áudios recebidos por minha esposa, para que, quem tenha competência necessária, possa cuidar do caso. Não posso aceitar esse tipo de ameaça de forma alguma. Espero que a justiça seja feita.
Sempre fui um jogador que lidou bem com críticas, discordei e me defendi quando necessário, além de admitir falhas quando entendi que elas aconteceram.
Mas desafio alguém a provar que eu tenha ficado mais de dez anos no Corinthians sendo “vagabundo” ou “paneleiro”, os termos que foram usados hoje e que aparecem em algumas manifestações vez ou outra.
Sempre fui um jogador que me dediquei ao máximo e procurei ajudar dentro e fora dos campos os treinadores, atletas e dirigentes que passaram por aqui. Muitas vezes, entrei em campo sem as minhas melhores condições para ajudar o Corinthians. E fiz isso sem esperar nada em troca. Fiz porque sou assim. Sou muito grato ao Corinthians e procuro retribuir essa gratidão deixando tudo o que posso a cada dia.
Tenho total consciência que devo provar sempre porque cheguei a quase 600 jogos e conquistei nove títulos por esse clube. Nunca sentei em cima das glórias, até porque não ganhei nada sozinho e quero seguir ganhando enquanto eu tiver contrato vigente.
Por tudo isso, não aceito o que aconteceu e não quis ficar calado diante de tanta injustiça.