Copa do Mundo: 6 ‘camisas 6’ que já brilharam em Mundiais

Iniesta marcou o gol do título da Espanha em 2010
Iniesta marcou o gol do título da Espanha em 2010 / Lars Baron/GettyImages
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Daqui a exatos seis meses, no dia 21 de novembro de 2022, todos os olhares do planeta estarão voltados para o Catar, ou melhor, para o início da Copa do Mundo. Nesta edição, o Mundial da Fifa será disputado em um período diferente, entre os dois últimos meses do ano, e por isso, mesmo com quase metade da temporada ficando para trás, ainda restam mais de 180 dias para a abertura do maior evento futebolístico do universo.

Ainda assim, apesar do longo período de espera pela frente, o clima de Copa já começa a tomar conta do esporte dentro e fora do Brasil. Pensando nisso, o 90min decidiu aproveitar esse número fechado e brincar com o “seis”. A seguir, veja 6 ‘camisas 6’ que já brilharam em Copas do Mundo.

1. Roberto Carlos – Seleção Brasileira – Copa do Mundo de 2002

Roberto Carlos Copa do Mundo  Brasil
Roberto Carlos se eternizou na primeira Copa do Mundo do século. / Tim de Waele/GettyImages

Roberto Carlos construiu uma linda carreira dentro do esporte entre os anos 1990 e o início da década de 2010. Neste período, o lateral-esquerdo atuou por equipes poderosas, como Palmeiras, Inter de Milão e Real Madrid, e também se destacou pela Seleção Brasileira. Aliás, o histórico camisa 6 será sempre lembrado como um dos gigantes da ala esquerda da história.

Nos tempos de Amarelinha, o canhoto disputou três Copas do Mundo (1998, 2002 e 2006) e certamente sentiu intensas emoções. Dos três Mundiais, apesar dos "deslizes", o lateral apareceu duas vezes no “Time dos Sonhos” e foi muito importante para o esquadrão tupiniquim, sobretudo na campanha do penta.

2. Andrés Iniesta – Espanha – Copa do Mundo de 2010

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Iniesta mudou de patamar na Copa do Mundo de 2010. / Jamie McDonald/GettyImages

Um dos maiores meio-campistas da era contemporânea do jogo, Andrés Iniesta marcou época majoritariamente com dois números de camisa diferente ao longo das últimas décadas: utilizou a “8” no Barcelona e a "6" na Espanha. E foi justamente com essa numeração que disputou a Copa do Mundo de 2010.  

Naquele Mundial, o maestro teve um começo tímido, receoso pelos problemas físicos que o seguraram tempos antes. Não brilhou na estreia, ficou no banco na segunda rodada e, depois, ressurgiu para guiar a Fúria rumo à inédita conquista do mundo. A partir do último duelo da fase de grupos, Don Andrés chamou a responsabilidade e foi peça-chave da equipe, sobretudo nas fases mata-mata e na grande final.

Na decisão diante da Holanda, aliás, o camisa 6 cresceu quando necessário e, no fim, já no apagar das luzes, ainda marcou o gol que colocou a Roja no topo do planeta bola. Uma lenda.

3. Bobby Moore – Inglaterra – Copa do Mundo de 1966

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Bobby Moore foi o maior capitão da história da Inglaterra. / Central Press/GettyImages

Bobby Moore foi prodígio e um dos grandes zagueiros do futebol mundial no século passado, sendo respeitado por Pelé, Franz Beckenbauer e outros ícones do esporte. Ídolo do West Ham e da Inglaterra, o defensor se destacou dentro e fora da Europa entre os anos 1950 e 1970 e pendurou as chuteiras como o maior zagueiro e capitão da história do seu país.

Ao longo da carreira, Moore disputou três Copas do Mundo, mas chegou ao ponto máximo na de 1966, em casa, quando liderou o “English Team” na campanha do título intercontinental. E como de costume, o camisa 6 foi impecável, mostrou muita qualidade, encabeçou um sistema defensivo praticamente impenetrável (não sofreu gol até a semifinal) e ainda ergueu o tão sonhado troféu da Copa.  

Foi, de fato, um monstro com o número seis nas costas.

4. Didi – Seleção Brasileira – Copa do Mundo de 1958

Didi Brasil Seleção Brasileira Copa Mundo Futebol
Didi (agachado entre Garrincha e Pelé) jogou muita bola no século passado. / /Gazeta Press

Embora nem sempre seja tão reconhecido no Brasil, o meio-campista Didi, batizado como Waldir Pereira, foi um dos melhores jogadores de todos os tempos do país, tendo feitos grandiosos, como o de ter marcado o primeiro gol da história do Maracanã e, também, de ter conquistado duas Copas do Mundo (1958 e 1962) ao longo da carreira.

No Mundial de 1958, por exemplo, o camisa 6 foi eleito o melhor jogador da Copa e com méritos, já que demonstrou elegância, qualidade e refino único durante o torneio no Suécia. O “Folha Seca”, que acumulou passagens por gigantes como o Real Madrid, é dono de uma vaga nesta lista. Jogou muito.

5. Paul Pogba – França – Copa do Mundo de 2018

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Pogba atuou em altíssimo nível na Copa do Mundo de 2018. / Anadolu Agency/GettyImages

Paul Pogba não é o nome mais amado, talentoso ou importante desta lista, mas também merece crédito. Há cerca de quatro anos, na Copa do Mundo de 2018, o meio-campista foi brilhante, deu show e, ao lado de Kylian Mbappé e outras feras, se notabilizou como um dos protagonistas mais marcantes da conquista da França na Rússia.

De forma até surpreendente, notando os altos e baixos da vida do meia, o camisa 6 liderou os Bleus, ajudou defensiva e ofensivamente e foi fundamental no bicampeonato mundial do país. Sua carreira continuou oscilando desde então, mas, hoje, o meia não é mais o mesmo, já que será eternamente símbolo do emblemático título francês.

Vale destacar, por exemplo, que ele marcou um golaço na final do Mundial.

6. Daniel Passarella – Argentina – Copa do Mundo de 1978

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Passarella é considerado um dos maiores zagueiros da história da Argentina. / STAFF/GettyImages

Daniel Passarella é o único futebolista da Argentina a ter conquistado duas Copas do Mundo, em 1978 e em 1986, e isso já diz muito sobre o prestigiado defensor. Mas o hermano não parou por aí. Ao contrário. Foi artilheiro – é, até hoje, o segundo maior zagueiro artilheiro de todos os tempos –, capitão, líder, técnico e muito vencedor.

Na inédita conquista de 1978, quando envergou a camisa 6, Passarella tinha apenas 25 anos, mas já mostrava personalidade, ostentava a braçadeira e não dava espaço para os adversários. Ele participou de todos os jogos do Mundial e foi peça-chave da Albiceleste ao lado do goleador Mario Kempes.

Já no bi, em meio à rixa com Maradona, o xerife, que treinou o Corinthians após pendurar as chuteiras, perdeu espaço e foi reserva, mas, ainda assim, foi campeão.