Copa América Feminina: capitã Rafaelle sonha em dividir taça e revela estratégia contra pressão da torcida

Rafaelle, zagueira e capitã da Seleção Brasileira na Copa América 2022
Rafaelle, zagueira e capitã da Seleção Brasileira na Copa América 2022 / Gabriel Aponte/GettyImages
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Capitã da Seleção Brasileira, Rafaelle tem a chance de conquistar, neste sábado (30), diante da Colômbia, seu segundo troféu com a amarelinha - o primeiro com a braçadeira. A zagueira, que na ausência de Marta (se recuperando de grave lesão no joelho) divide a responsabilidade com Tamires e Debinha, garante que o Brasil está pronto e forte para a final da Copa América Feminina.

"Não mereço, nem quero levantar essa taça sozinha. É um mérito do grupo e já falei até com o Andrézinho, nosso roupeiro: a gente vai precisar de mais duas faixas e a gente vai levantar essa taça junto, se Deus quiser", disse Rafa.

Com 100% dos ingressos vendidos - o Estádio Alfonso Lopez, em Bucaramanga, tem capacidade para 28 mil torcedores -, esta será a primeira vez na competição que a Seleção Brasileira irá com casa cheia aqui na Colômbia, e mais: com a pressão da torcida contra, já que decide a Copa ante as anfitriãs do torneio.

"A gente tenta passar bastante tranquilidade para as meninas, sei que temos muitas jogadoras novas no grupo. Mas a gente não vai querer fazer um gol no primeiro minuto, a gente tem 90 minutos para fazer um gol, e 1 a 0 já é suficiente", disse a capitã. "Eu falo com elas, até brinco: a torcida vai estar toda de amarelo, então a gente finge que é Brasil e vamos pra dentro!".

A defensora tem boas memórias de Bucaramanga. Em 2010, no mesmo palco da decisão deste sábado, foi campeã do Sul-Americano de futebol feminino sub-20, ao lado de Debinha, ao vencer a seleção colombiana por 2 a 0. "Foi um momento muito legal, o estádio também estava lotado, a torcida da Colômbia fazendo aquela pressão. Mas é isso, o Brasil tem que impor, temos que fazer nosso jogo e deixar que a Colômbia se preocupe com a gente".

Ao longo da competição, a técnica Pia Sundhage disse algumas vezes que está satisfeita com os resultados, mas não com o desempenho do time. Diversas chances perdidas, finalizações ineficientes e tomadas de decisão equivocadas deixam a desejar na hora de concluir jogadas. O componente mental também faz parte desse processo e é fundamental para a decisão. A capitã garante que a Seleção está pronta para a decisão.

"Estamos bem focadas, todas preparadas e ansiosas para essa final. É um jogo que todos esperavam, esse Brasil x Colômbia, é um teste pra gente. Mas estão todas pensando que mais importante que classificar para a Copa do Mundo e para os Jogos Olímpicos, agora, é esse título, então a gente vai com tudo", finalizou Rafa.

Preparação da Seleção Brasileira

A Seleção Brasileira faz hoje seu último treino antes da grande final da Copa América. A atividade acontece às 11h da Colômbia (13h de Brasília) e não terá atendimento à imprensa.

A técnica Pia Sundhage tem todas as atletas à sua disposição. Gio Queiroz, que sofreu uma pancada na panturrilha no jogo contra o Uruguai, na segunda rodada, no dia 12 de julho, faz trabalho de transição. Nesta semana, inclusive, a atleta foi convocada para a Copa do Mundo Sub-20.

Na primeira parte da atividade desta quinta-feira (28), as atletas fizeram coletivo em campo reduzido, sem gols. Estavam divididas em três times, treinando pressão na saída de bola e transição. Depois, outro coletivo.