Como Rogério Ceni pode ajustar o esquema tático do Fortaleza para a equipe voltar a vencer
Por Daniel Farias
O ano de 2019 foi histórico para o Fortaleza Esporte Clube. A equipe conquistou o Campeonato Cearense, a Copa do Nordeste e foi muito bem na Série A, tendo conquistado vaga na Copa Sul-americana e ficado perto da vaga para a pré-Libertadores. O sucesso da equipe tem diversos motivos, mas um em especial: o excelente trabalho do treinador Rogério Ceni à frente da equipe. O técnico conseguiu montar um esquema muito bem encaixado e que, mesmo com uma cerca limitação técnica, alcançou uma ótima colocação no Brasileirão.
Tendo passada a euforia de 2019, o Fortaleza voltou suas atenções para a temporada 2020. O passo inicial foi dado com a confirmação da permanência do técnico Rogério Ceni no comando da equipe. Entretanto, com o início dos jogos foi possível perceber uma mudança no rendimento da equipe. O esquema permanecia praticamente o mesmo: equipe com 4 atacantes e sem a presença de um meia armador central. O esquema, que havia trazido tantas alegrias para o torcedor tricolor, não estava mais rendendo como o esperado.
Para voltar a jogar bem e vencer, Rogério Ceni pode buscar modificar um pouco seu esquema tático, mas sem perder sua real identidade de jogo. Uma das alternativas poderia ser a utilização de um meia armador central. Isso serviria tanto para preencher possíveis lacunas de marcação no setor do meio-campo, assim como para qualificar ainda mais a criação de chances de gol. Além disso, outra possível estratégia seria fazer com que seus laterais apoiem mais no setor de ataque, podendo servir para a criação de jogadas de bola aérea, onde o experiente atacante Wellington Paulista pode ser muito útil.
Ambas essas mudanças qualificariam também a saída de bola da equipe cearense. O avanço dos laterais aliado à presença de um meia armador possibilitaria a criação de jogadas tanto pela faixa central do campo como pelas laterais, existindo também a possibilidade de tabelas e toques rápidos entre os jogadores. Já os volantes deixariam de ter um papel 100% ativo na chegada perto da área, podendo assim focar na parte defensiva, o que acabaria por dar uma maior consistência à defesa da equipe. Além disso, esses volantes auxiliariam na saída de bola da equipe, que hoje acontece muitas vezes em forma de lançamentos longos, os famosos "chutões".