Clima tenso no Santos: conselheiros relatam ofensas e pedem demissão após impeachment de Peres não avançar
A noite de terça-feira (16) foi conturbada nos bastidores do Santos. A reunião virtual do Conselho Deliberativo do clube, por meio de videoconferência, terminou com a maioria dos membros não concordando com o parecer da Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS), que previa o impeachment do presidente José Carlos Peres, e nos pedidos de demissão do presidente da Comissão, José Gerado Barbosa, e do relator Rubens Passos.
O pedido de demissão se deu após ambos receberem ofensas verbais durante a reunião desta terça-feira. Segundo Passos, as ofensas já vinham acontecendo desde a apresentação do parecer que recomendava o impeachment do presidente alvinegro e seu vice Orlando Rollo.
A CIS conta agora com apenas dois membros, Décio Couto e José Rubens Marinho.
Questionado pelo jornal A Tribuna, de Santos, sobre quais ofensas a Comissão e de quem elas partiram, o relator disse. “Aceitamos o resultado da Assembleia, mas não aceitamos as ofensas pessoais. Fizemos um trabalho com consciência, gastando tempo, queimando pestana, consultando advogados para poder fazer algo certo. O problema é que recebemos diversas ofensas pelas redes sociais e inclusive no plenário (virtual)".
“Eu, no alto dos meus 68 anos de idade, não estou disposto a aguentar esse tipo de coisa de pessoas que não me conhecem, que não sabem qual é o meu currículo, experiência de vida que tenho e o quanto nos sacrificamos para estudar desse processo. Então, a razão maior para o meu pedido de demissão são as ofensas que recebi. Não vou fazer um trabalho para o clube que eu amo ficar com recompensa de pessoas que não me conhece. E, pela forma como se expressaram, nem o processo conheciam”, acrescentou Rubens Passos.
A assembleia virtual terminou com 79 votos contra o parecer da CIS, 6 a favor e 75 abstenções.