Cenário tenebroso! Andrés revela queda assustadora de receita no Corinthians nos últimos três meses

Miguel Schincariol/Getty Images
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Se o Corinthians já vinha em grave crise financeira, tendo fechado 2019 com déficit de R$ 177 milhões e dívida acumulada de R$ 665 milhões, a pandemia de coronavírus só agravou esta situação. Em entrevista à CNN, o presidente Andrés Sanchez revelou que o clube, nos últimos meses, tem conseguido apenas 25% da receita normal.

Segundo o dirigente, a volta das competições é fundamental para a sobrevivência do Timão e dois demais times do futebol brasileiro. “O Corinthians faturava mais ou menos R$ 40 milhões por mês e, agora, está faturando 8, 9, 10 (milhões), no máximo. É praticamente uma queda de 75% na arrecadação em maio, junho e julho. Vamos aguardar se em agosto volta tudo ao normal. Realmente está tudo um caos e, se essa situação durar muito mais tempo, será uma catástrofe no futebol brasileiro nunca vista”, destacou.

O cenário, na opinião de Andrés, também facilita a debandada de jogadores do país. A desvalorização do Real perante o Dólar e o Euro gera uma disparidade na qual fica inviável competir com rivais do exterior. Ou seja, mesmo que eventualmente não se queira vender atletas, mantê-los no plantel pode se tornar cada vez mais complicado. E isso, além dos problemas fora de campo, geraria transtornos dentro das quatro linhas. "Qualquer ‘timinho’ da Europa, com todo respeito, paga 1 milhão de euros por ano, que são R$ 600 mil por mês no Brasil. É óbvio que o jogador se atenta a isso. Embora seja um ser humano e viva do seu corpo, jogador vai onde tem o dinheiro, que é uma coisa mais lógica. Acho que todo ser humano pensa muito nisso. Além de morar na Europa, que diga-se de passagem, em muitos países, é melhor do que morar no Brasil, as condições são favoráveis. E isso fragiliza a agente ainda mais", concluiu. O Timão, no momento, está com três meses de salários atrasados, mas não teme perder jogadores por via judicial, mesmo que a lei permita, em situações como esta, a rescisão unilateral do contrato.

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