Cazares no Fluminense é golpe duro no Corinthians, mas boa notícia ao Tricolor
Por Lucas Humberto
A situação financeira do Corinthians está longe de ser resolvida. Sem possíveis contratações em vista, a Fiel se prepara para despedir do trio Jemerson, Cazares e Otero, todos em fim de contrato e sem renovações discutidas. O equatoriano despertou interesse do Fluminense, embora as tratativas ainda sejam iniciais.
É difícil apontar qualidade no desconexo elenco corintiano da última temporada, mas Cazares foi ponto central de todos os flashes de bons momentos do Timão. Passava diretamente pelos pés do camisa 10 a modesta esperança da Fiel em ver seu time figurar na Libertadores. E foi justamente a lesão do meio-campista que freou o ímpeto dos comandos de Vagner Mancini.
Jogando com inteligência e objetividade, Cazares pode não ser um gênio da bola, mas é dono de uma visão de jogo que pode ser incorporada em qualquer equipe do Brasil. O jogador é um criador nato dentro das quatro linhas e não se exime do jogo verticalizado tão necessários no futebol nacional.
Em contrapartida, ele pareceu desleixado com sua forma física enquanto esteve no Corinthians. Talvez esse seja um reflexo da sua falta de comprometimento no clube do Parque São Jorge, mas não com relação ao seu desempenho enquanto jogador.
Caso sua saída seja concretizada no Corinthians, Cazares deixa a ligeira impressão de que seu jogo inteligente poderia fazer história em outros idos do Timão. Agora, um provável destino ao Fluminense, ou qualquer outro clube brasileiro com melhores investimentos, parece mais oportuno.
Aliás, as condições oferecidas pelo Tricolor no Campeonato Brasileiro dificilmente serão encontradas no clube paulista, que mais uma vez deve tende a enfrentar dificuldades. Além disso, Fred e seus companheiros estão mais que confirmados no torneio continental mais importante da América do Sul.
Cazares precisa ser mais comprometido com seu físico e evitar polêmicas extracampo, mas na questão técnica figura como excelente adição ao Fluminense e, como tudo dois lados, uma perda dolorosa no plantel de Mancini. Um dia da caça, outro do caçador.