Barcelona precisa se livrar de um atacante se quiser Lewandowski e Raphinha; mas quem será?
Por Lucas Humberto
Xavi Hernández não quer frear a reconstrução do Barcelona. Depois do início errático de temporada sob comando de Ronald Koeman, o ídolo blaugrana levou a equipe ao vice-campeonato de LaLiga, com vaga direta garantida à Champions League. Visando recuperar o protagonismo continental, a equipe da Catalunha está de olho em dois reforços de peso: Robert Lewandowski e Raphinha.
Ambos possuem contratos vigentes com seus respectivos clubes - Bayern de Munique e Leeds United -, ou seja, os culés terão de abrir os cofres para arcar com as multas rescisórias. Segundo apuração do jornal alemão Bild, os bávaros estipularam em 40 milhões de euros (cerca de R$ 204 milhões) o montante para negociar o camisa 9.
As cifras, que seriam altas sob qualquer circunstância, são ainda mais impactantes diante da realidade financeira do Barcelona. De acordo com Eduard Romeu, vice-presidente de finanças do clube, a contratação do polonês só será possível se houver cortes salariais e negociação de atletas. Bem, olhando o copo meio cheio, uma limpeza no elenco culé não seria má ideia.
Além de ter garantido neste janela Franck Kessié e Andreas Christensen, vindos de Milan e Chelsea, respectivamente, os cartolas blaugranas tiveram postura ativa no último mercado de inverno, ou seja, há peças de sobra para avaliar quem realmente deve permanecer. Para o setor ofensivo, por exemplo, parece haver quase peças em excesso.
Nomes como Martin Bratithwaite, Samuel Umtiti, Riqui Puig, Óscar Mingueza, Luuk de Jong e Clement Lenglet quase não possuem espaço sob comando de Xavi. Sergiño Dest, embora até ganhe oportunidades com mais periocidade, pode ser facilmente substituído por uma opção mais em conta. Tratam-se de saídas sem tantos prejuízos.
Chama atenção a situação das peças ofensivas. Ferran Torres, Aubameyang, Ansu Fati e Memphis Depay. Todos atuando no mesmo setor. Pelo renome, é difícil imaginar que tenham baixos salários. Se Lewandowski e Raphinha chegarem, pelos menos dois desses jogadores ficarão no banco de reservas. Vale pagar tanto por um suplente?
Dos citados, Depay possivelmente será o mais afetado, afinal, o holandês já vinha sendo menos utilizado na reta final da encerrada campanha. Mantê-lo no elenco significa ter um atleta que pode decidir partidas dos mais variados níveis. Porém talvez impossibilite a contratação dos reforços. Tratam-se de saídas com alguns prejuízos, mas com certeiras soluções.