Bahia-Grupo City: clube abre o jogo e dá detalhes financeiros de possível venda da SAF
Por Fabio Utz
Jogo aberto. O Bahia apresentou detalhes da proposta feita pelo City Group para a compra da SAF do clube. E, se a torcida do tricolor está ansiosa por saber como se daria esse investimento, a gente não vai enrolar muito.
A intenção do grupo, que também é dono do Manchester City, é adquirir 90% dos direitos da instituição através do aporte de R$ 1 bilhão. Deste total, 50% seria para compra de jogadores, 30% iria para o pagamento de dívidas e os demais 20% para investimentos em infraestrutura, base, capital de giro entre outros itens.
Diante deste contexto, haveria a garantia de que todo passivo da associação civil seria liquidado. Além disso, a oferta prevê a manutenção da folha salarial em R$ 120 milhões ou 60% da receita bruta da SAF - sem contar aí a venda de atletas. O Bahia seguiria como dono de sua marca - incluída nos 10% que não seria repassados -, e, dentro dos investimentos feitos pelo Grupo City, só ficaria, no mundo, atrás do Manchester. O prazo dado ao clube para o uso do dinheiro é 15 anos, com a diretoria garantindo que o mesmo será feito em cinco.
Comunicado oficial do Bahia
O Esporte Clube Bahia e o City Football Group confirmaram hoje que o CFG apresentou uma proposta para adquirir 90% do Bahia, com os 10% restantes permanecendo à Associação do clube.
Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, e Ferran Soriano, Diretor Executivo do City Football Group, reuniram-se com os conselheiros tricolores para apresentar as propostas de investimento.
Se a proposta for aprovada pelos órgãos competentes de governança do Esquadrão, o veículo de investimento será uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) a ser incorporada pelo Bahia, com o City Football Group posteriormente se juntando como acionista em busca do desenvolvimento de uma estratégia de longo prazo para o Bahia.
As prioridades incluem o fortalecimento do desempenho das equipes masculina e feminina em campo e o sistema de categoria de base em todos os níveis e idades, visando o objetivo de jogar um futebol de primeira linha na Série A do Campeonato Brasileiro e em competições continentais.
Garantir sustentabilidade financeira, melhorar o clube e sua infraestrutura, atender aos torcedores e programas sociais de apoio à comunidade local são fundamentais para o compromisso do CFG em desenvolver o Bahia em um clube de futebol de classe mundial para o Brasil.
CFG e Bahia também confirmaram que a identidade, as cores e o hino do Esquadrão não mudarão.
Sujeito a todas as aprovações e processos, o investimento proposto permitiria ao Bahia quitar a totalidade de obrigações de dívidas existentes e incluir um robusto programa de financiamento para investir em jogadores.
Após as apresentações de hoje, o Conselho enviará parecer em até dois meses aos sócios do clube para que eles possam votar a proposta numa Assembleia Geral.
O Bahia se tornaria o 13º clube da família global do City Football, que ganhou ligas nacionais na América, Austrália, Bolívia, Inglaterra e Índia nos últimos dois anos.
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