Austrália e Nova Zelândia querem impulsionar de vez o futebol feminino com a Copa do Mundo de 2023

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FBL-WC-2023-WOMEN-AUS-NZL / PETER PARKS/Getty Images
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Os dois países foram os vencedores para sediar a próxima Copa do Mundo Feminina e o projeto vai além da realização do torneio entre seleções. A "As One" tem um projeto com quatro pilares: futebol, mulheres e meninas, FIFA, jogadoras e fãs.

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TOPSHOT-FBL-WOMEN-WC-2023-AUS-NZL / PETER PARKS/Getty Images

O primeiro pilar traz consigo as intenções como contribuir com o projeto da FIFA de até 2026 ter 60 milhões de mulheres e garotas jogando futebol no mundo. Para isso, a Austrália quer que até 2027 exista uma divisão de 50/50 de atletas registrados no país, ou seja, o número de jogadoras seja o mesmo de jogadores. A Nova Zelândia coloca o foco de seguir impulsionando em 7% ao ano o futebol feminino no país. Em parceira com a FIFA, Confederação Asiática de Futebol (AFC) e a Confederação de Futebol da Oceania (OFC) e governos, quer entregar programas que possam expandir os programas de participação na região Ásia/Pacífico. O documento prevê ainda implementar iniciativas de marketing que aumentem o valor e visibilidade da modalidade.

O segundo pilar foca em mulheres e meninas e quer mudar a cara da sociedade através do futebol na região Ásia/Pacífico com um impacto profundo e duradouro. O pensamento é de que as mulheres consigam cada vez mais protagonismo no esporte. Com isso identificar e desenvolver lideranças femininas no futebol, construir base nos fundamentos estruturais já existentes nos dois países de igualdade, diversidade e inclusão de gênero.

O terceiro ponto abordado no projeto é de fornecer um nível de investimento sem precedentes ao desenvolvimento do futebol feminino em apoio a FIFA. A ação engloba ainda um investimento do setor corporativo em direitos de mídia e patrocínio. A organização acredita que a partir da competição, novas portas serão abertas para investimentos da FIFA na região. O projeto promete a programação dos horários das partidas de forma que amplie a exposição em outras regiões das transmissões. Nos estádios, é esperado o público recorde de 1,5 milhões de pessoas durante o torneio.

O último item prega o acolhimento em alto nível e diversão aos fãs. No centro da Copa do Mundo Feminina estarão as melhores jogadoras de futebol do mundo demonstrando seu melhor em um ambiente de classe mundial e desfrutando do apoio da equipe da casa durante todo o torneio, celebra o projeto.

Serão no total 13 estádios em 12 cidades-sede. Há um planejamento de viagens equivalentes para todas as seleções para que não haja desvantagens entre as equipes. Todos os confrontos serão em grama natural. O jogo de abertura será em Aukland, na Nova Zelândia. Na Austrália a competição será inaugurada no dia seguinte, em Sidney. Em relação ao preço dos ingressos, a proposta é vender a 5 dólares para crianças e, no geral, até 90 dólares de todas as entradas.

Como diz a frase da candidatura dos dois países “Futebol feminino é muito mais do que um jogo para nós. É um agente de mudanças para as mulheres em nossos países, onde nós celebramos nossa orgulhosa história de avanços no papel das mulheres em liderança, promoção do esporte feminino e esforço para tornar igualdade de gênero uma realidade”.

A Copa do Mundo Feminina de 2023 tem tudo para ser a maior e mais importante de todas.