Atletas colocam entrave à redução do intervalo entre partidas defendida pela CBF

Bruna Prado/Getty Images
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A ideia de alterar de forma emergencial o Regulamento Geral das competições do futebol brasileiro e permitir jogos em intervalo inferiora 66 horas encontra um grande entrave: os jogadores. Mesmo que o próprio presidente da Federação Nacional de Atletas (Fenapaf) tenha levantado esta possibilidade, ela não conta com o apoio dos profissionais.

Bruna Prado/Getty Images

A CBF já trabalhava com a possibilidade de fechar o calendário de 2020 realizando partidas a cada 48 horas, mas sem submeter o mesmo clube a tal condições em semanas seguidas. Ou seja, nenhum sairia prejudicado. Mas o "não" dos atletas é categórico. "Nós fizemos a consulta. Todos disseram não. Não pode haver jogo com intervalo inferior a 66h. A Fenapaf não está autorizada a quebrar o acordo, pois a categoria não aceita. É para cumprir o acordo assinado em Campinas, há três anos, que se estendeu para todo o Brasil", disse Felipe Augusto, mandatário da Fenapaf, ao Globoesporte.com.

Marcelo Endelli/Getty Images

A alternativa, no caso, seria revezar os nomes a entrar em campo. "Se um clube deseja jogar no intervalo diferente, pode jogar, desde que os atletas não sejam os mesmos. Ou seja, eles podem fazer como entenderem para fechar o calendário, mas não com os mesmos atletas. Se houver jogos com os mesmos atletas, a Fenapaf irá comunicar ao TRT, da 15ª região que o acordo não está sendo cumprido", completou Augusto. O parágrafo 2º do artigo 25 do Regulamento Geral das Competições prevê que "em casos excepcionais, o DCO (Departamento de Competições Oficiais), de forma fundamentada, poderá autorizar a atuação de atletas ou clubes sem a observância do intervalo mínimo aludido no caput deste artigo. Em se tratando de atletas será obrigatória a apresentação de autorização médica atestando a aptidão do atleta para a disputa da partida".

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