Adílson Batista critica alta rotatividade dos treinadores no futebol brasileiro: "Hoje em dia no Brasil é várzea"
Por Antonio Mota
Em entrevista concedida ao L!, o técnico Adílson Batista comentou sobre o tempo longe dos gramados após ser demitido do Cruzeiro, da alta rotatividade dos treinadores no futebol brasileiro e da intensificação na chegada dos profissionais estrangeiros ao mercado nacional. Além do tópico ‘técnico’, ele ainda fez provocação ao Atlético-MG.
“Já até chorei em função disso, mas hoje não fico mais me lamentando. O Cristóvão (Borges) ficou três meses no Corinthians, Oswaldo três meses, aí daqui a pouco um fica dois ali, fica um aqui... Hoje em dia no Brasil é várzea. Você tem que fazer mala para um mês, dois meses... Infelizmente é assim”, disse.
"Eu perdi um jogo no Santos e me mandaram embora. O Sampaoli, se a multa dele fosse R$ 100 mil, perdeu Paulista e Sul-Americana, você acha que ele continuaria lá? Ele botou uma multa gigantesca no Atlético-MG, mas o Dudamel não colocou e foi embora”, disse."
- completou o técnico.
Em seguida, o treinador colocou parte da culpa pelas demissões dos treinadores nas Torcidas Organizadas. “O torcedor grita e o dirigente fica com medo. Eu queria que o torcedor da torcida organizada, aqueles que tem um pouco de consciência, fosse no congresso, no governo... Aí fica organizadas vestidas de preto quebrando as coisas achando que é democracia. Isso aí é marginal, bandido que vai atrás de treinador e jogador. Por que não vai atrás de político corrupto? Isso que eu fico triste”, desabafou.
Por fim, Adílson Batista ainda disse que nunca trabalharia no Atlético-MG. “Sou Cruzeiro, sou Cabuloso. Quem ganha (em Minas) é o Cruzeiro, ninguém vai ganhar o Brasileiro? Tira o Cruzeiro do estado de Minas Gerais e conta os títulos brasileiro de Minas. Dá quanto?”, provocou, lembrando do longo tempo do Galo sem conquistar um Brasileirão – o último foi há 49 anos, em 1971.
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