Abelão se antecipa à direção e confirma saída do Inter, mas presidente ainda não oficializa substituto

Abel Braga, antes mesmo de um anúncio oficial, informou o que já se sabia: a partida contra o Corinthians, nesta quinta-feira, foi a sua última no comando do Internacional. A partir de agora, ele abre espaço para a chegada de Miguel Ángel Ramírez, que será o novo técnico vermelho, embora o presidente Alessandro Barcellos ainda o trate como o "principal nome".

"Essa direção foi eleita e, com todo direito, tem de agir pensando naquilo que é melhor para o clube. Tivemos uma conversa inicial, antes do jogo contra o Bahia. Pediram para eu ficar até o dia 25 de fevereiro. Se até hoje não teve qualquer tipo de mudança, com certeza para mim foi o último jogo", resumiu o treinador em sua entrevista coletiva pós-perda do título do Campeonato Brasileiro - o Flamengo ergueu a taça, com um ponto a mais que o Colorado. Logo em seguida, o mandatário da instituição confirmou o fim do ciclo.

Na opinião de Abelão, que antes do empate sem gols com o Timão foi contemplado com um quadro comemorativo ao fato de ter se tornado o técnico com o maior número de partidas à frente do Inter em todos os tempos, a equipe, sim, pode sonhar com algo mais em 2021. "Eu me sinto orgulhoso pelo que fiz, e os jogadores têm de se sentir orgulhosos. Conseguiram resgatar uma confiança que parece que o torcedor tinha perdido. O maior legado é a consciência plena de que os jogadores que aqui estão entendem perfeitamente o tamanho desse clube", disse. Ele também destacou que, ao que tudo indica, a entrada de jovens oriundos da base, que foi a tônica de seu trabalho, não se encerra por aqui. "Há mais nomes que treinaram conosco e que com certeza vão se integrar. Muitos terão o Campeonato Gaúcho para também crescer", completou.

Como curiosidade, esta foi a terceira vez que o técnico levou o time gaúcho ao vice do Brasileirão. Em 1988, perdeu a final para o Bahia. Já em 2006, na era dos pontos corridos, ficou atrás somente do São Paulo.

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